quarta-feira, outubro 17, 2007

Os tempos mudaram? Os Herodes de ontem e os Herodes de hoje.





A sede de sangue e a covardia dos políticos do passado não mudaram em nada em nossa época. O que mudou foi a entrada de líderes religiosos num jogo de poder que envolve, como sempre, o derramamento de sangue dos inocentes.

No primeiro século da era cristã, o rei Herodes, representante do Estado, queria matar crianças, mas não há registro de líderes religiosos apoiando a matança.
Fonte: Mateus 2:16-18.

Em pleno século 21, Lula, representante do Estado, quer a legalização do assassinato de crianças mediante o aborto. Há registro de um líder religioso apoiando: Bispo Edir Macedo. O rei Herodes do passado tinha seus motivos para assassinar crianças. Os Herodes de hoje também têm seus motivos.
Bispo Edir Macedo e a promoção do aborto
Bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, defende abertamente o assassinato de crianças mediante o aborto, conforme entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo em 13 de outubro de 2007:
FOLHA Em sua biografia, o sr. defende o aborto. Atualmente, a Record e a Record News exibem campanha pelo aborto. Por quê?
MACEDO : Sou favorável à descriminalização do aborto por muitas razões. Porém, aí vão algumas das mais importantes:
1) Muitas mulheres têm perdido a vida em clínicas de fundo de quintal. Se o aborto fosse legalizado, elas não correriam risco de morte;
2) O que é menos doloroso: aborto ou ter crianças vivendo como camundongos nos lixões de nossas cidades, sem infância, sem saúde, sem escola, sem alimentação e sem qualquer perspectiva de um futuro melhor? E o que dizer das comissionadas pelos traficantes de drogas?
3) A quem interessa uma multidão de crianças sem pais, sem amor e sem ninguém?
4) O que os que são contra o aborto têm feito pelas crianças abandonadas?
5) Por que a resistência ao planejamento familiar? Acredito, sim, que o aborto diminuiria em muito a violência no Brasil, haja vista não haver uma política séria voltada para a criançada.
FOLHA: Deus deu a vida e só Ele pode tirá-la, segundo a Bíblia. Não é contraditório um líder cristão defender o aborto?
MACEDO : A criança não vem pela vontade de Deus. A criança gerada de um estupro seria de Deus? Não do meu Deus! Ela simplesmente é gerada pela relação sexual e nada mais além disso. Deus deu a vida ao primeiro homem e à primeira mulher. Os demais foram gerados por estes.
O que a Bíblia ensina é que se alguém gerar cem filhos e viver muitos anos, até avançada idade, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é mais feliz do que ele (Eclesiastes 6.3). Não acredito que algo, ainda informe, seja uma vida.
FOLHA : O sr. é a favor do uso de embriões humanos pela medicina?
MACEDO : Sou a favor, sim.
Os desejos do Bispo Edir Macedo estão sendo atendidos pelo governo do seu amigo Lula, conforme informação do Pró-Vida de Anápolis.

O governo Lula e a promoção do aborto
Em 8 dezembro de 2004, a secretária Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), diretamente subordinada ao Presidente da República, lançou o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, em que a revisão da lei penal sobre o aborto era uma das prioridades.
Em 15 de dezembro de 2004, o Ministro da Saúde Humberto Costa lançou a Norma Técnica de Atenção Humanizada ao Abortamento, toda ela voltada para fomentar a impunidade do aborto.
No dia 24 de março de 2005, o Presidente Lula sancionou a Lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005), tendo o cuidado de vetar alguns dispositivos, mas mantendo intacto o art. 5°, que permite a destruição de embriões humanos.
No dia 28 de março de 2005, o Presidente Lula sancionou a Lei 11.106/2005, que, entre outras coisas, excluiu o crime de adultério (art. 240) do Código Penal.
No dia 7 de julho de 2005, o Ministro Humberto Costa assinou a Portaria 1145, que Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei [sic], no âmbito do Sistema Único de Saúde. Tal portaria, que oficializou a prática do aborto no SUS, foi substituída em 1º de setembro de 2005 pela Portaria 1508, do novo Ministro da Saúde Saraiva Filipe, com a novidade de conter um formulário pronto para a falsificação de estupros e o aborto em série.
No dia 27 de setembro de 2005, a secretária especial de Políticas para Mulheres Nilcéa Freire entregou à Câmara dos Deputados o anteprojeto de descriminalização do aborto elaborado por uma Comissão Tripartite A proposta normativa do governo, consagrando o aborto como um direito inalienável de toda mulher, e propondo sua total liberação, foi adotada em 4 de outubro de 2005 pela deputada Jandira Feghali (PC do B/RJ), como substitutivo ao Projeto de Lei 1135/91.

As declarações do Bispo Macedo foram publicadas um dia depois do Dia das Crianças. Enquanto os cristãos estavam celebrando as crianças como bênção de Deus, um homem que se diz cristão e bispo prega e apóia a morte das crianças.

Sim, os tempos mudaram. No passado e até mesmo no presente, os Herodes eram uma espécie que dava para se achar somente no governo. Hoje, eles também estão nas igrejas.

Fonte: Blog Julio Severo




terça-feira, outubro 16, 2007

PRIVATARIA

Nunca na história deste país um governo foi tão servil às empreiteiras multinacionais. Uma privataria!
Quer dizer que o governo Lula entrega o patrimônio nacional para empresas estrangeiras e não cobra nem um centavo por isso? De graça, as companhias espanholas vão ficar 25 anos cobrando pedágio e ganhando dinheiro com estradas construídas com imposto pago pelo contribuinte brasileiro! Quer dizer que o governo Lula monta um modelo de privatização que favorece o capital estrangeiro? Só multinacionais, que trazem capital de fora, mais barato, conseguem assumir pedágios tão baixos. Mais ainda: o dólar tão barato, outra proeza de Lula, favorece os estrangeiros, pois a tarifa em dólar fica maior e as companhias gastarão menos reais para enviar seus polpudos lucros aos acionistas lá fora. Nunca na história deste país um governo foi tão servil às empreiteiras multinacionais. Uma privataria!
Essa turma que pede a reestatização da Vale, por ter sido vendida a "preço de banana", não vai pedir uma "CPI da doação das estradas"? Aliás, deveria ser uma CPI ampliada, pois a Vale, entregue por FHC, acaba de ganhar de Lula um trecho enorme da Ferrovia Norte-Sul. Isso aí, pessoal. Quem quiser pode usar os motes acima, sem pagar direitos autorais. Tão de graça quanto as rodovias. Agora, está mesmo muito engraçado observar Lula, seus ministros e os formadores da opinião de esquerda defenderem seu modelo de privatização de rodovias. Muitos começam por apresentar a ressalva: não é privatização, é concessão. Tudo bem: concessão de uma via pública, construída pelo Estado, para uma empresa privada explorá-la por 25 anos, conforme regras, mas sempre sob a "ótica do lucro". Depois, segue o argumento, ao contrário da privatização tucana, com seus pedágios caros e "elitistas", a privatização, perdão, a concessão petista é popular-democrática, pois cobra pedágios bem baratinhos. Assim é, temos agora uma privatização tucana e outra petista. E - quer saber? - ficou melhor para o País. Resta uma discussão de método, os dois lados concordando que a empresa privada, nacional ou estrangeira, é mais competente para operar e oferecer ao usuário uma estrada de qualidade e eficiente para negócios e turismo. Isso posto, eis algumas observações razoáveis sobre o tema: Modelo de concessão - o governo, poder concedente, "dono" da estrada, pode ou não cobrar pela outorga da concessão. No primeiro caso, seria como cobrar um aluguel. As duas modalidades têm justificativas. Quando cobra, o governo faz caixa para, por exemplo, investir em estradas menos rentáveis (modelo adotado em São Paulo). Quando há cobrança, ganha o leilão a empresa que oferecer o pagamento mais alto, dentro de um padrão para os pedágios. Obviamente, o custo da operação é maior, de onde sai um pedágio mais caro. Já no caso dos últimos leilões federais, o governo Lula decidiu não cobrar a outorga. Ganhou a empresa que ofereceu pedágio mais barato. É um critério mais simples, melhor para o usuário, pior para o governo. De todo modo, o governo Lula pode se dar ao luxo de perder essa receita, pois está arrecadando como nunca na história deste país. Exigências impostas à concessionária - mais ou menos investimentos no início do contrato, maior ou menor qualidade do piso, quando se inicia a cobrança do pedágio. No caso do último leilão das sete rodovias federais, técnicos dizem que há exigências menores para o piso, por exemplo. A cobrança do pedágio é imediata, enquanto no caso das privatizações feitas em São Paulo (no governo Mário Covas), essa cobrança se fazia depois de feita parte das obras. Com isso o fluxo de caixa é menor, o custo da operação é maior. O ambiente macroeconômico - em momento de instabilidade, inflação e desarranjo das contas públicas, as empresas privadas só fazem negócio com o governo se tiverem garantias de que a rentabilidade não será reduzida. Preços começam mais elevados para prevenir choques futuros, como inflação ou desvalorização da moeda local. Por exemplo: a empresa estrangeira topa um pedágio de R$ 1,80, o equivalente a US$ 1. De repente, o real se desvaloriza e a cotação vai a R$ 3,60, fazendo com que a tarifa caia a US$ 0,5. E é evidente que o ambiente macroeconômico hoje é muito superior ao do momento em que foram feitas as concessões mais antigas. Há razoável convicção de que não haverá inflação, que os juros vão cair e que o dólar não vai disparar. Capacidade das empresas privadas - concessão de rodovias (e outros serviços) é um negócio relativamente novo. Só agora existem muitas companhias internacionais, entre as quais as espanholas, que desenvolveram enorme capacidade no setor. O Aeroporto de Heathrow, em Londres, é de propriedade de uma empreiteira espanhola. Por isso, no último leilão brasileiro, apareceram tantas empresas competindo. Isso é outro fator que derruba os preços. E mais: pedágio barato não é garantia de sucesso da operação. Em alguns países, como no México, o fracasso de concessões de rodovias teve como causa justamente o preço baixo do pedágio e os prazos menores de concessão (abaixo dos 20 anos). Com isso, as concessionárias, a um determinado momento, perceberam que não obteriam o retorno do capital e pararam de investir. O barato saiu caro. Por isso cuidado com as comparações entre os preços da última licitação e os das anteriores. O que sabemos é que as atuais estradas privatizadas vão muito bem, obrigado. São as melhores do País, têm o menor número de acidentes. O modelo funcionou. O novo modelo, dos pedágios baratos, ainda não foi testado - e só vai ser testado mesmo sabem quando? No próximo governo, no mesmo período, 2010/2011, em que se saberá se o novo modelo lulista deu conta do fornecimento de energia. É preciso admitir: na política e na mídia, o cara é craque.
Por Carlos Alberto Sardenberg - jornalista

sexta-feira, outubro 12, 2007

Votando no Capitão



Quem quer que tenha acompanhado as minhas aulas sobre a “teoria dos quatro discursos” – e, graças à internet, é um bocado de gente, a esta altura – sabe que uma das principais dificuldades na arte da palavra é a mudança de clave do discurso poético para o retórico. Ninguém faz isso direito, porque a primeira das duas modalidades está focalizada na exteriorização de percepções íntimas, a segunda no manejo deliberado das reações do ouvinte ou leitor. Expressão é uma coisa, persuasão é outra. Nos dois casos, trata-se de criar uma verossimilhança, mas a verossimilhança poética é pura coerência entre imagens, a retórica um acordo bem dosado entre o que você quer dizer e o que o público quer ouvir. Por isso o discurso poético se dirige a um auditório geral e indefinido, abrindo-se à multiplicidade imprevisível das interpretações que lhe dêem, ao passo que o retórico se dirige a uma platéia em particular, permanecendo ineficaz sobre as demais, exceto se ouvido como mera produção poética, desligada dos fins práticos a que visava originalmente.
Daí o fenômeno, tão repetidamente comprovado, de que o artista narrador, seja no romance, no teatro ou no cinema, não tenha controle quase nenhum sobre o sentido político-ideológico da história que narra, o qual sentido não depende da narrativa em si, mas dos fatos do mundo exterior – remotos e fora do alcance do artista -- a que a platéia associe os episódios narrados, fazendo destes o símbolo daqueles.
Gênios do porte de um Stendhal ou de um Balzac não venceram essa dificuldade – por que deveríamos exigi-lo dos nossos miúdos cineastas tupiniquins? Todos eles são mais comunistas que a peste, mas isso não impediu que em “Central do Brasil” o menino perdido, fugindo do inferno urbano, encontrasse no Brasil rural os antigos valores que são a essência mesma do conservadorismo: a família, a religião, a segurança, o amor ao próximo. Nem que “Cidade de Deus” resultasse numa apologia do que pode haver de mais reacionário e pequeno-burguês: subir na vida por meio do trabalho honesto.
Agora, José Padilha é crucificado pela esquerda porque em “Tropa de Elite”, pela primeira vez, o cinema nacional mostra a violência carioca pelo ponto de vista da polícia, que é o dos cidadãos comuns, e não pelo dos bandidos, que é o da classe artística, dos “formadores de opinião” e do beautiful people esquerdista em geral. Padilha não fez isso porque queria, mas porque, tendo optado por uma narrativa realista, teve de ceder à coerência interna entre os vários elementos factuais em jogo, mostrando as coisas como elas aparecem aos olhos de qualquer pessoa que esteja boa da cabeça e não tenha se intoxicado nem de cocaína nem de Michel Foucault, como o fazem aqueles três grupos de criaturas maravilhosas. O resultado é que no seu filme os traficantes são assassinos sanguinários, os policiais corruptos são policiais corruptos, os policiais bons são homens honestos à beira de um ataque de nervos, os estudantes esquerdistas metidos a salvadores do país são clientes que alimentam o narcotráfico e mantêm o país na m.... Todo mundo sabe que a vida é assim, e é por isso que instintivamente todo mundo acha que descer a mão em bandidos, por ilegal que seja, é incomparavelmente menos grave do que o imenso concurso de crimes – guerrilha urbana, homicídios, seqüestros, assaltos, contrabando, corrupção política – que o narcotráfico traz consigo. Daí que, entre as razões do policial idôneo e as da bandidagem – que são as mesmas da esquerda iluminada --,

o povo já tenha feito sua escolha:

Capitão Nascimento para presidente.

Por: Olavo de Carvalho

Jornal do Brasil, 11 de outubro de 2007

segunda-feira, outubro 08, 2007

Homenagem ao Ex-Presidente Emílio Garrastazu Médici


JÁ QUE A CORJA QUE SE ENCONTRA NO PODER HOJE PREFERE HOMENAGEAR O GUERRILHEIRO E ASSASSINO CHE GUEVARA, NÓS, CIDADÃOS DE BEM HOMEAGEAREMOS OS GRANDES HOMENS QUE JÁ ESTIVERAM NO PODER E REALMENTE FIZERAM O BRASIL CRESCER

HOMENAGEM AOS 22 ANOS DE FALECIMENTO

GAL. EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI

Mandato: 30 de outubro de 1969 até15 de março de 1974
Vice-presidente:
Augusto Rademaker
Data de nascimento:
4 de dezembro de 1905
Local de nascimento:
Bagé (RS)
Data da morte:
9 de outubro de 1985
Local da morte:
Rio de Janeiro (RJ)
Primeira-dama: Scyla Gaffré Nogueira
Partido político:
ARENA
Profissão: M
ilitar
General Emílio Garrastazu Médici, 28º presidente do Brasil.

Filho de mãe uruguaia de ascendência basca, da cidade de
Paysandú e neto de um combatente maragato, estudou no Colégio Militar de Porto Alegre. Formando-se oficial na Escola Militar de Realengo (1924-1927). Foi a favor da Revolução de 30 e contra a posse de Goulart em 1961. Em abril de 1964 era o Comandante da Academia Militar de Agulhas Negras. Posteriormente foi nomeado adido militar nos Estados Unidos e, em 1967 sucedeu a Golbery do Couto e Silva na chefia do SNI. Em 1969, foi nomeado comandante do III Exército.O general Medici governou o país durante o regime militar, sendo o seu governo conhecido como os anos de chumbo da ditadura, devido à repressão promovida à oposição durante seu governo.
Já na versão dos partidários de Médici, que obtiveram maciça vitória eleitoral em 1970 e 1972, Médici livrou o país da guerrilha comunista e do terrorismo.
Foi o período durante o qual o país viveu o chamado "Milagre Brasileiro": crescimento econômico e projetos como a Transamazônica e a Ponte Rio-Niterói foram a tônica daquele período.
No seu governo concluiu-se o acordo com o Paraguai para construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional, até hoje (2007) a hidrelétrica de maior potência instalada do mundo. Foi também executado o Plano de Integração Nacional (PIN), que permitiu a construção das rodovias Santarém-Cuiabá, Perimetral Norte e da ponte Rio-Niterói. No campo social, foi criado o Plano de Intergração Social (PIS) e o Programa de Assistência Rural (PRORURAL), ligado ao FUNRURAL, que previa benefícios de aposentadoria e o aumento dos serviços de saúde até então concedidos aos trabalhadores rurais.
A euforia provocada pela conquista da
Copa do Mundo de futebol (Médici dizia-se torcedor do Grêmio), em 1970 conviveu com a repressão velada ou explícita aos opositores do regime, notadamente os ativistas de orientação comunista.
Ao se retirar da Presidência da República, abandonou a vida pública. Declarou-se contrário à anistia política assinada pelo presidente João Figueiredo (que havia sido chefe da Casa Militar durante seu governo).
Citação:

"Sinto-me feliz todas as noites quando ligo a televisão para assistir ao jornal. Enquanto as notícias dão conta de greves, agitações, atentados e conflitos em várias partes do mundo, o Brasil marcha em paz, rumo ao desenvolvimento. É como se eu tomasse um tranqüilizante após um dia de trabalho."
Emílio Garrastazu Médici

sábado, outubro 06, 2007

Os amigos da onça


Meus alunos mais velhos são testemunhas de que há quase vinte anos eu já anunciava: “Querem saber o que é entreguismo? Esperem o PT chegar ao poder.” A previsão, que se referia especificamente à internacionalização da Amazônia, não era mero palpite, nem efusão de retórica antipetista. Baseava-se em extensa pesquisa dos laços entre os movimentos de esquerda e os grupos globalistas bilionários que depois vim a denominar “metacapitalistas”. Como todas as demais previsões políticas que fiz desde então, essa também veio a se confirmar. No último dia 21, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou o projeto governamental de entregar à gestão privada amplos trechos da floresta amazônica, equivalentes, segundo o repórter Josias de Souza, da Folha de S. Paulo, a noventa mil estádios de futebol.A iniciativa confirma também o alerta distribuído em 14 de junho pelo CEBRES, Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos, que congrega vários membros do grupo militar dito “nacionalista”, entre os quais o general Durval de Andrade Nery, com o qual tive um arranca-rabo tempos atrás quando ele, decerto por não entender uma só palavra do que digo, me incluiu entre os globalistas que abomino e combato. Jamais duvidei do patriotismo desses militares, mas, com relação à lucidez e objetividade das suas análises, tenho algo mais que mera dúvida. Tenho a certeza de que estão tragicamente enganados quanto à natureza e localização do inimigo. Simplesmente não é possível compreender o jogo do poder no mundo atual sem um conhecimento extensivo do debate político interno nos EUA, e esse conhecimento é praticamente inacessível a quem se limite aos meios de informação usuais no Brasil.

Já expliquei isso mil vezes, mas parece que estou falando com jumentos de pedra. A opinião pública americana divide-se em partes mais ou menos iguais entre os “progressistas” (liberals) e os conservadores (conservative). Esse equilíbrio reflete uma repartição equitativa do acesso aos meios de comunicação, os primeiros dominando os grandes jornais e a TV, os segundos os programas de rádio, especialmente os talk-shows de enorme audiência. Acontece que, dessas duas fontes, só a primeira atinge o público internacional. A segunda é de alcance estritamente local. Resultados:1) Do Brasil à Zâmbia, tudo o que se sabe dos EUA vem pela mídia de esquerda, principalmente na sua versão light que por isso mesmo passa como expressão do pensamento americano dominante ou exclusivo.2) Por toda parte, mas principalmente na América Latina, a reação contra os avanços globalistas ou neo-imperialistas assume por isso mesmo a forma do anti-americanismo, induzindo os nacionalistas a aliar-se com a esquerda local, cujos laços com o metacapitalismo global ignoram ou não compreendem.3) Monitorados e manipulados de longe pela aliança da esquerda americana com os grupos bilionários, esses esforços patrióticos acabam trabalhando contra si próprios e naufragando na mais deplorável impotência. O manifesto do CEBRES é um exemplo de revolta patriótica mal dirigida, que só pode levar ao fortalecimento dos seus inimigos. Quando tento adverti-los disso, os membros do grupo “nacionalista” reagem com desconfiança paranóica, enxergando em mim um perigo que deveriam procurar antes em alguns de seus “companheiros de viagem” ou mesmo em alguns integrantes do próprio grupo (os mais empenhados em transfigurar em puro anti-americanismo o impulso patriótico dos restantes).

Quase dez anos atrás assisti no CEBRES à conferência de um teórico esquerdista, muito simpático e eloqüente, que pregava a aliança entre a esquerda e os militares contra o “neoliberalismo”. A platéia, - não muito grande, na verdade – aderiu entusiasticamente ao plano, em parte impressionada com a política antimilitar do governo Fernando Henrique, que ela tomava ilusoriamente como direitista e americanófilo, sem saber que a origem remota e o sentido último do tucanismo emergiam da mesma aliança entre os “progressistas” americanos e seus financiadores globalistas, que dava respaldo aos partidos de esquerda no Brasil. A confusão mental que se armara no modesto auditório do CEBRES era tão densa, que abdiquei de tentar desfazê-la, limitando-me a abanar a cabeça prevendo uma desgraça inevitável.O manifesto de 14 de junho, descrevendo acuradamente a penetração internacionalista na Amazônia e clamando por uma justa reação contra ela, persiste no erro, entretanto, ao ver esse fenômeno como expressão do desejo de poder nacional das “grandes potências”, principalmente os EUA e a Inglaterra, ignorando que a iniciativa parte dos mesmos grupos globalistas que tudo têm feito para diluir a identidade nacional desses dois países, destruir sua soberania e subjugá-los a uma nova estrutura de poder mundial. A falha colossal do diagnóstico do CEBRES provém da sua obediência residual aos esquemas teóricos criados décadas atrás pelos analistas estratégicos da ESG, esquemas esses que, refletindo talvez longinquamente a influência da doutrina Morgenthau, encaravam os Estados nacionais como os agentes principais do processo histórico e assim lançavam uma involuntária cortina de fumaça sobre o novo esquema transnacional de poder que então já era discretamente – e hoje é quase ostensivamente – o verdadeiro protagonista da cena mundial. A luta dos patriotas americanos contra esse esquema é a maior ou única esperança de preservação das soberanias nacionais num futuro não muito distante.

Ao voltar-se contra os EUA, em bloco e sem distinções, as reações nacionalistas nos países do Terceiro Mundo, especialmente o Brasil, só fazem dar um reforço gratuito à trama globalista-esquerdista que hoje busca dissolver os EUA num monstrengo chamado “Comunidade Norte Americana” (EUA, México e Canadá) e transferir a organismos internacionais o controle das águas territoriais estadunidenses, exatamente com o mesmo empenho com que tenta – e agora parece que vai conseguir – dominar a Amazônia.Tanto por seu amor ao comunismo quanto por sua submissão aos interesses globalistas ou pelo seu obsessivo e mal disfarçado ódio antimilitar, o governo do PT vem aprofundando a incompatibilidade, já de si radical e insanável, entre a esquerda e as Forças Armadas --incompatibilidade que agentes de influência como o conferencista acima mencionado ou o ativíssimo grupo do sr. Quartim de Moraes tentam camuflar sob um manto de desconversas sedutoras e promessas lisonjeiras, buscando canalizar em benefício da estratégia globalista-esquerdista internacional a justa insatisfação dos homens de farda. O futuro do Brasil, ou mesmo do continente latino-americano inteiro, depende de que a presente geração de oficiais militares saiba desmascarar seus falsos amigos e recusar-se a servir de instrumento a uma das tramas mais perversas e astutas que a intelligentzia esquerdista já concebeu neste país.

Fonte: Olavo de Carvalho
Diário do Comércio

sexta-feira, outubro 05, 2007

Aprendendo a ser um miserável


Um amigo petista disse que Lula e o PT gostam de pobres. Concordei na hora, é claro. Tanto gostam que mantêm o país com uma massa de pobres e miseráveis do jeito que estão, devidamente abastecidos com programas assistencialistas paliativos e nenhuma perspectiva de sair dessa situação. O desemprego continua em alta, de mãos dadas com o Bolsa Família.Na marcha rumo ao modelo venezuelano de massificação da pobreza, a classe média sofreu um duro golpe: a prorrogação da CPMF. Ou seja: não satisfeitos com o elevado número de pobres e miseráveis existentes no país, a saída agora é achatar a classe média, trazendo-a para a pobreza, impingindo-lhes impostos cada vez maiores e retorno cada vez menor.É claro que a classe média também tem culpa no cartório. Afinal, senão toda ela, ao menos boa parte oferece cumplicidade ao governo que aí está. Não só nos conceitos politicamente corretos, mas também na aceitação da barganha que o governo oferece. Assim como a felicidade dos pobres é garantida com o assistencialismo paliativo e populista, a felicidade da classe média é mantida com a oferta de milhares de concursos públicos todos os anos.O que poucos pensam – ou tem condição de pensar – é como estes milhares de empregos públicos criados a cada ano serão pagos. Muitos pensam que a solução é a simples emissão de moedas, desconsiderando os princípios da inflação.É claro que os empregos públicos serão pagos com o aumento maciço dos impostos e com o acréscimo da dívida pública interna, atualmente impagável. Quanto mais impostos, menos dinheiro no nosso bolso, e mais dinheiro no bolso do estado. E a qualidade da aplicação deste dinheiro, todos nós já conhecemos muito bem qual é.Enquanto o mundo inteiro caminha para o progresso econômico, caminhamos para um retrógrado socialismo barato, onde toda a economia do país ficará cada vez mais na mão do estado. E nós, cada vez mais dependentes dele. Ali Kamel, jornalista de O Globo, denunciou o que vem sendo ensinado nas escolas públicas no Brasil: a adoração a líderes sanguinários de esquerda como Mao Tse Tung e Fidel Castro e a criação de inúmeras inverdades históricas, como o motivo da derrocada da URSS e os conceitos – deturpados – de capitalismo e socialismo. Será que um dia vão nos ensinar a gostarmos de ser miseráveis? Quem sabe a gente não se acostuma?

por Marcelo Scotton


A tragédia na Venezuela - Click aqui.



quarta-feira, outubro 03, 2007

AS PODEROSAS SECÇÕES DO LULISMO



"Aprendi muito com o marxismo. Não com essas doutrinações sociais, essas asneiras absurdas – mas, sim, com os seus métodos"
Adolf Hitler


Numa reação ao movimento de protesto "Cansei", que colocou nas ruas de alguns Estados da federação cerca de dez mil pessoas, a maioria composta por membros da classe média insatisfeita com a degradação do País, o operário-presidente Lula, reagindo ao fato, afirmou em tom de velada ameaça que ele, e só ele, sabe "como ninguém botar o povo nas ruas". Lula, que mente muito, e se desmente muito pouco, afinal, disse uma verdade acachapante: hoje, somando as tropas de choque do PT, MST, MLST, CUT, UNE, sindicatos e militantes da esquerda dentro e fora do aparelho do Estado, ele pode reunir, num estalar de dedos, nos espaços urbanos ou rurais, em torno de cinco milhões de "companheiros de viagem". Só com os militantes do MST, o seu braço armado mais ostensivo, Lula contaria, no mínimo, com 1 milhão de bem nutridos bate-paus. (É bom lembrar que os petistas, sempre que encontram algum obstáculo político no meio do seu projeto totalitário, ameaçam colocar nas ruas a exercitada militância dos "movimentos sociais"). Não há nada de novo no front: todo governo que busca o poder totalitário tem a sua massa de manobra para tomar as ruas, impor sua vontade, debilitar o sistema político vigente e atemorizar os opositores. O velho Lenin, antes e depois de 1917, formou um vasto contingente de "tropas bolcheviques de ocupação", cujo objetivo era aterrorizar a população "burguesa", sabotar o governo, tumultuar o parlamento (Duma), roubar bancos, incendiar fábricas, ocupar propriedades e abater friamente os adversários ou dissidentes recalcitrantes. Os militantes das facções bolcheviques, com suas braçadeiras vermelhas, e os "comissários do povo", com os seus casacos de couro preto, ambos com porretes, revólveres, facas, martelos e barras de ferro, foram os principais responsáveis pelo célebre massacre da Prospekt Nevski, em Petrogrado, no mês de fevereiro de 1917. Em meio à enfurecida massa de operários, soldados e desocupados, as obedientes hordas bolcheviques não tiveram dificuldades em fazer eclodir aquilo que veria a se chamar, no dizer do escritor socialista Máximo Gorki, o "caos sanguinário" da Revolução. Dali por diante, derrubar o império de Nicolau II, desestabilizar o governo provisório de Kerensky e, depois, estabelecer a violenta ditadura comunista de Lenin - era só uma questão de tempo. Por sua vez Benito Mussolini, ex-dirigente socialista, não teve o menor constrangimento em criar na Itália, antes e depois do assalto ao poder, os "Fasci de combattimento" para enfrentar a socos e pontapés nas ruas de Milão, Turim, Genova, Ferrara, Ravena, Livorno, Fiume e Parma, entre outras cidades, a hegemonia dos "quadros de luta" socialistas tutelados por Moscou. As "squadre" de "camisas negras" do "Duce" (tendo a frente Ítalo Balbo, uma espécie carcamana do vosso João Pedro Stedile) especializaram-se em realizar atos de protesto, ocupar espaços públicos, congestionar estradas, tomar prefeituras, saquear armazéns, incendiar casas - estabelecendo enfim, nas cidades invadidas, verdadeiros governos paralelos. A propalada Marcha sobre Roma, que derrubou do governo italiano o primeiro-ministro Luigi Facta, em 1922, tinha na instrumentação ideológica dos "Fasci de combattimento" o suporte da violência moral e física que colocou e manteve Benito Mussolini no poder totalitário e que, mais tarde, levou a Itália à ruína. Já o "führer" Adolfo Hitler, o fundador do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, inspirado nas lições da Revolução Russa, criou, organizou e incentivou as "secções de assalto", as famosas SA, que adotaram à perfeição os métodos terroristas utilizados por Lenin na Rússia Soviética. Hitler – como, de resto, Lenin, Stalin e Trostsky – entendia a violência como necessária arma de defesa e ataque para atingir seus objetivos ditatoriais. Assim, em 1921, diante da ação terrorista da "Guarda Erhard-Auer", tropa de choque comunista destinada a combater na raiz o emergente NSDAP, o "Führer" fundou sua virulenta SA - a "vanguarda militante" constituída, na sua maioria, por professores primários, militares humilhados, balconistas desempregados, desocupados, etc. - que tinha por objetivo ganhar a "batalha das ruas". De cassetete em punho, braçadeiras suásticas presas às mangas das camisas pardas, portando bandeiras e entoando cânticos de guerra, os membros da SA, reivindicando uma "nova ordem social", percorriam a Alemanha invadindo propriedades, escolas, espaços públicos hostis ao nacional-socialismo e, muito especialmente, o comércio da burguesia em geral e judaica em particular. Para acionar sua organização paramilitar, Hitler partia do pressuposto bolchevique de que uma demonstração de força, por pessoas identificadas pela braçadeira do partido, tinha não só o efeito de intimidar o adversário como também o de seduzir as massas. "As pessoas necessitam de um medo salutar", disse certa vez a propósito da ação da SA. "Elas desejam ardentemente alguém que as façam tremer e lhes cause arrepios". Mas voltemos à vaca fria brasileira. Ao cabo de tudo, a pergunta que se faz imperiosa é a seguinte: diante de um movimento democrático que visasse colocar não dez, mas quinhentas mil pessoas protestando nas ruas contra o governo petista, o que faria o operário-presidente, hoje reconhecido milionário: botaria, para o confronto, o exército do MST armado de foice, faca, machado e revólver para massacrar os oponentes? Permitiria a UNE fechar escolas e universidades? Fecharia os olhos para a ocupação das fábricas pelos filiados da CUT? Deixaria (como já o fez) o MLST ocupar, incendiar e saquear o campo? Se Lula fizesse isso, e ele pode fazer se quiser, não aconteceria nada, pois a oposição, além de nula, só conta com eleitores.E olhe lá.
por Ipojuca Pontes

segunda-feira, outubro 01, 2007

Há quarenta anos morria o homem e nascia a farsa


"Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto." Há quarenta anos, no dia 8 de outubro de 1967, essa frase foi gritada por um guerrilheiro maltrapilho e sujo metido em uma grota nos confins da Bolívia. Nunca mais foi lembrada. Seu esquecimento deve-se ao fato de que o pedido de misericórdia, o apelo desesperado pela própria vida e o reconhecimento sem disfarce da derrota não combinam com a aura mitológica criada em torno de tudo o que se refere à vida e à morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna, argentino de Rosário, o Che, que antes, para os companheiros, era apenas "el chancho", o porco, porque não gostava de banho e "tinha cheiro de rim fervido".

Quem são e onde estão os guerrilheiros que hoje estão no Poder

ANTONIO PALOCCI FILHO - EX-MINISTRO DA FAZENDA
-Filho de "D.Toninha",que, na década de 80, foi mlitante da Organização Trotskista Convergência Socialista-CS;- DN: 1960 - Ribeirão Preto/SP;- Foi militante da OSI (LIBELU), Organização Trotskista;- Médico pela USP de Ribeirão Preto;- Flautista e violonista;- Primeiro casamento: LEILA, Militante da OSI (LIBELU);- 80: Filiou-se ao PT;- 88: Eleito Vereador;- 90: Eleito Dep estadual;- 92: Eleito Prefeito de Ribeirão Preto;- 98: Eleito Dep Federal;- 00: Eleito Prefeito de Ribeirão Preto, prometeu e registrou emcartório que levaria seu mandato até o fim;- Nov 02: Foi Coordenador da Equipe de Transição de Lula;- Foi Ministro da Fazenda e o "homem forte" do Governo em função dos resultados da economia que, basicamente, segue a mesma linha da conduzida pelo governo FHC. -Envolveu-se no escândalo da casa de "orgia' denunciada por um jardineiro e junto às denúncias de improbidade administrativa em Ribeirão Preto pediu demissão do Ministério da Fazenda.-Atualmente é Deputado Federal pelo PT.

AGNELO QUEIROZ - Médico e militante do PC do B/DF;- A partir de 1991,teve 3 mandatos comoDep Fed pelo PC do B / DF;-Foi Ministro dos Esportes e se candidatou a Deputado mas não foi eleito.

ADEMIR ANDRADE - Anos 80: Militante do PC do B e depois do PRC/Pará;

ALOYSIO NUNES FERREIRA("BETO", "MATEUS")- Como presidente do Centro Acadêmico XI de agosto, da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, São Paulo, participou da ocupação da Faculdade, ameaçando incendiá-la caso fosse invadida pela polícia. Contava para isso com mais de 100 coquetéis molotov. - Em 1964 ingressou no Partido Comunista Brasileiro. - Descontente com a linha pacífica do Partidão, optou pela luta armada, ingressando na Ala Marighela, mais tarde Ação Libertadora Nacional (ALN). - Dentre muitas ações terroristas, a Ação Libertadora Nacional (ALN) participou do assassinato do Cap. do Exército dos EUA, Charles Rodney Chandler e do seqüestro do Embaixador americano Charles Burke Elbrick. - Seu líder, Carlos Marighela, de quem era motorista, ficou famoso pela pregação da violência, sendo o autor do Minimanual do Guerrilheiro Urbano, livro de cabeceira das Brigadas Vermelhas, na Itália, e do grupo terrorista Baader-Meihoff, da Alemanha.6- Em 10/08/1968 participou do assalto ao trem pagador da Santos-Jundiaí e, em outubro desse mesmo ano, ao carro pagador da Massey-Ferguson. - Tentou viajar para Cuba com a finalidade de fazer um treinamento militar, no que foi impedido por Carlos Marighela.8- Em novembro de 1968, com o passaporte falso, viajou para Paris onde passou a coordenar as ligações de Cuba com os comunistas brasileiros. 9- Após três anos em Paris filiou-se ao Partido Comunista Francês.- Negociou com o Presidente argelino Houri Chedid Boumedienne para que comunistas brasileiros recebessem treinamento militar na Argélia. - Regressou ao Brasil após a Lei da Anistia, de 1979, ingressando na política. - Foi eleito pela esquerda deputado estadual, vice governador e deputado federal.- Foi escolhido pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso para Secretário Geral da Presidência da República.- Como Secretário Geral da Presidência da República viajou à Cuba, na semana de 08 à 13/10/01, onde manteve conversações com seu velho e fraternal amigo Fidel Castro, o mais sangrento ditador do continente que mandou fuzilar no "paredon" 17 mil e prendeu trinta mil opositores ao Partido Comunista Cubano. - No dia do seu retorno ao Brasil, como deferência ao seu passado revolucionário, Fidel Castro foi ao seu embarque no aeroporto e fez questão de acompanhá-lo até o avião para as despedidas.- Foi Ministro da Justiça do Brasil, no Gov FHC.-Em 2002, reassumiu a cadeira de Deputado Federal.

BRUNO DAUSTER MAGALHAES E SILVA ("AFONSO", "LEOPOLDO", "VITORIO")- Em 1968, como estudante de Economia da UFRJ, ingressou, no Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), onde chegou a integrar o Comando Político Militar Regional da Guanabara, órgão responsável pela condução da luta armada.- Preso em 02 Mar 70, foi, quase um ano depois, em 13 Jan 71, um dos 70 militantes comunistas banidos para Santiago/Chile, em troca da vida do embaixador da Suíça.- Em 06 Nov 79, beneficiado com a anistia, regressou ao Brasil, acompanhado de sua nova companheira, Vera Maria Rocha Pereira ("Andrea", "Isabel", "Tania"), também militante do PCBR e também banida.- Atualmente, é executivo da Linha Amarela S.A. (LAMSA), no Rio de Janeiro

BRUNO COSTA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO ("CARLOS", "FABIANO", "FRED", "HENRIQUE", "MARCIO", "PAULO", "ROQUE", "TIÃO", "VALMIR", "CECI", "MARINHO", "ROBSON")
Nasceu em 1939, filho de usineiros de Pernambuco.
Formou-se como engenheiro mecânico eletricista e casou-se com Suzana Helena de Britto Maranhão.
Iniciou sua militância na antiga Ação Popular (AP).
Desejando tomar posições mais radicais, participou, em 01 Out 67, em Niterói, da 1ª Reunião Nacional da "Corrente Revolucionária".
Em 11/12 Abr 68, compareceu à I Conferência Nacional da "Corrente Revolucionária", realizada num sítio próximpo a Niterói/RJ, quando foi fundado o Partido Comunista Revolucionário Brasileiro (PCBR), organização de linha militarista. Nessa ocasião, BRUNO MARANHÃO foi eleito membro efetivo do Comitê Central (CC) e membro da Comissão Executiva (CEx).
Depois de uma breve passagem pela Guanabara, foi dirigir o PCBR em Pernambuco, dirigindo diversas ações armadas.
Em 25 de Mai de70, participou do assalto ao Banco da Bahia.
De 23 Jan ao início de Fev 71, participou como convidado - representando o PCBR - do II Congresso da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P), realizado na praia de Piedade, em Recife. Antes do final do conclave clandestino, numa hora de almoço, com medo de que chegasse a polícia, pulou o muro da casa e saiu correndo.
No início da década de 70, fugiu para o exterior - sem nunca ter sido preso - e foi residir no Chile e em Paris.
Com a anistia, retornou ao Brasil em 29 Ago 79.
Ajudou a fundar o PT e, desde o início, vem integrando seu Diretório Nacional.
De 1983 a 1985, foi presidente do PT em Pernambuco. Em Nov 82, foi derrotado nas eleições para senador, pelo PT/PE. Em Nov 85, foi derrotado nas eleições para prefeito de Recife, ainda pelo PT.
Em 17/18 Mar 90, participou de uma reunião com os remanescentes do CC/PCBR.
Em 1997, em Luiziânia/GO, participou da fundação do "Movimento pela Libertação dos Sem Terra" (MLST).
Em Jul 04, BRUNO e outras lideranças do MLST foram recebidos pelo Presidente da República, que anunciou a liberação de R$ 9 milhões para o movimento.
Nos primeiros anos da fundação do PT, quando ia à Recife, Lula se hospedava na casa de Bruno Maranhão.
Maranhão também já se hospedou na Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República, como convidado de Lula.
Até o dia 07/06/06, tinha assento na executiva nacional do PT. Ocupava o cargo de secretário de Movimentos Populares

CARLOS MINC BAUMFELD ("JAIR","JOSE","ORLANDO")- Em 31 Mar 69, Carlos Minc Baumfeld, Fausto Machado Freire e outros assaltaram o Banco Andrade Arnaud, na Rua Visconde da Gávea, 92, na GB/RJ, roubaram a quantia de 45 milhões de cruzeiros e onde foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra.- Em 16 Out 69, preso na Rua Ana Neri, 332, na GB, informo - Em 18 Jul 69, como militante da VAR-PALMARES, participou da" Grande Ação", assalto ao "Cofre do Adhemar", ( Ver Recordando a História) em Santa Teresa/RJ.u o local do aparelho da VPR, na Rua Toroqui, 59, em Vila Kosmos, na GB, onde residia com sua amante Sônia Eliane Lafoz e Eremias Delizoikov, que, resistindo a tiros à voz de prisão, morreu no local .- Alguns dias depois, a VPR distribuiu um panfleto clamando por vingança aos seus mortos, particularmente o Eremias, e, ameaçando os militares do Exército:"... podem esperar, nós vamos enchê-los de chumbo quente"- Em 15 Jun 70, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do Embaixador da Alemanha.- Em fins de 70 a Ju ( Ver Recordando a História)l 71, fez curso em Cuba, onde permaneceu durante 2 anos. -Foi Deputado Estadual pelo PV/RJ- Atualmente, é Deputado Federal.
CESAR DE QUEIROZ BENJAMIN ("MENININHO" ; "CESINHA" ; "FIDELIS" ; "EDUARDO" ; "GILBERTO" ; "GIL" ; "DOMINGOS" ; "RIBAMAR" ; "JULINHO" ; "CABRAL" ; "FLORIANO" ; "FLO"; "PARAIBA" ; "PARAIBINHA" ; "LAERTE ABREU JUNIOR" ; "LAERTE").
- Organização Terrorista : MR-8- Dez 69, com 16 anos, era integrante do Grupo de Fogo (GF) do MR-8/ RJ.- 12 Nov 70, tentativa de prisão de 3 militantes do MR-8, (Cesar de Queiroz Benjamin, Sonia Eliana Lafoz e Caio Salome Souza de Oliveira), no Jardim da Igreja do Divino Salvador, no Encantado/GB.Eles receberam a policia à bala e fugiram sob os olhares de dezenas de populares; largaram um bornal com uma pistola e um cano de chumbo cheio de dinamite.Foram feridos os detetives José Evaristo da Silva e Valter Modesto Dias. Foi a 1ª fuga.- 06 Ago 71, à tarde cobriu ponto com José Carlos de Souza ( ROCHA ) no centro de Salvador/BA ; policiais deram voz de prisão aos dois . "Menininho" atracou-se com os agentes, chegou a atirar e fugiu. Foi a 2ª fuga. - José Carlos foi preso e começou a denunciar diversos companheiros.- 21 Ago 71, às 19:00 H, logo depois de passar um telegrama do Rio de Janeiro para Iara Iavelberg ( sem saber que ela já estava morta ), "Menininho", num Volks, com Ney Roitman, Alberto Jak Schprejer ("SOUZA" ; "BETO") e Teresa Cristina de Moura Peixoto ( TETÊ ), é detido por uma "Operação Pára- Pedro", na Avenida Vieira Souto, na altura do Jardim de Alá. Ao serem solicitados os documentos, "Menininho" saiu rapidamente do carro, fugindo correndo entre os transeuntes. Foi a 3ª fuga. - No veículo, o diário de Lamarca e cartas para Iara Iavelberg forneceram, aos orgãos de segurança, a certeza de onde deveriam procurar e concentrar esforços. Sem saber do acontecido e sentindo-se "queimado" no Rio de Janeiro," Menininho" retornou a Salvador, sendo preso em 30 de agosto, num "ponto" delatado por Jaileno, no Rio Vermelho.- Após longa série de assaltos e ter escapado de três choques com a polícia, o "terrível Menininho", com apenas 17 anos, mostrou-se extremamente dócil nos interrogatórios. Suas extensas declarações, todas de próprio punho, desvendaram a linha política e as ações do MR-8. Muitos militantes foram, então, identificados. Chegou, inclusive, a fazer uma análise dos métodos de interrogatório aplicados, declarando-se surpreso com o bom tratamento recebido e com o nível de seus interlocutores.Com essa nova e importante fonte, os orgãos de segurança, que já haviam retirado boa parte de seus efetivos da região de Brotas de Macaúba, retornaram ao local, iniciando-se nova caçada a Lamarca e a Zequinha.- Atualmente, "Menininho" é Pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) e editor da "Contraponto"
CHIZUO OSAVA ( "FERNANDO", "MARIO JAPA")
-Organização terrorista: VPR/SP;- Em 26 Jul 68, participou da tomada da Rádio Independência, em São Bernardo do Campo/SP, para leitura de mensagem subversiva redigida por Carlos Marighella.- Em Set 69, participou do I Congresso da VAR-P ( Vanguarda Armada Revolucionária- Palmares), "Congresso do Racha", numa casa em Teresópolis, como convidado, só com direito a voz, chegou no meio do Congresso.- Membro do "Racha dos 7", restaurando a VPR.- Em Nov 69, foi fazer curso de guerrilha na Argélia.- Conhecendo Chizuo Osava, Manoel de Lima disse-lhe que possuía o Sítio Palmital, na região de Barra do Azeite, na altura do Km 254 da BR-116,antiga BR-2, rodovia que ligava São Paulo a Curitiba. Eram 40 alqueires de terras, 30 Km ao sul de Jacupiranga, que poderiam ser vendidas desde que seu sócio, Flozino Pinheiro de Souza, concordasse.- Levado por Chizuo, Celso Lungaretti adquiriu o Sítio Palmital por 3.500, registrando-o em seu nome falso," Lauro Pessoa".- Em 27 Fev 70, Chizuo Osava, militante da VPR, sofreu um acidente na Estrada das Lágrimas, em São João Climaco/SP. Ao ser socorrido, foi encontrada farta documentação e armamento dentro do seu carro, o que provocou sua prisão. Lamarca e o comando da VPR, ao tomarem conhecimento do fato, ficaram apreensivos. "Mario Japa" já tinha estado na área em Registro, e poderia, ao ser interrogado, "abrir" a preparação guerrilheira da organização. Era necessário liberta-lo rapidamente para preservar o sigilo das operações no Vale da Ribeira. Era preciso, urgentemente, fazer um operação que o libertasse, ação concretizada em 11 Mar, o seqüestro do do Consul japonês em São Paulo.( Ver Recordadndo a História)- Em 14 Mar 70, foi um dos 5 militantes comunistas banidos para o México, em troca do Consul do Japão.- Logo após o banimento de Chizuo, Almir Dutton Ferreira envia um de seus contatos, Maria Adelaide Valadão Vicente, aeromoça da BRANIFF, ao México, a fim de saber o que Chizuo havia falado. Num "ponto", ao qual também compareceu Diógenes José Carvalho de Oliveira, Maria Adelaide entrega 8.000 cruzeiros a Chizuo e fica sabendo que a "repressão"pensava que a área era em Goiás. Transmitida a notícia, a VPR ficaria tranqüila por mais um mês.- Curso em Cuba, Chile e Paris.- Atualmente, é correspondente da Interpress Service.

CID QUEIROZ BENJAMIM ( "VÏTOR", "BILLY", "MIRO", "LEVI")
-Em 12 Out 68, preso durante o XXXº congresso da UNE em Ibiuna/SP.- Em 15 Fev 69, participou do assalto ao Hospital Central da Aeronáutica.- Em Abr 69, participou da IIIª conferência do MR-8.- Em Set 69, participou do seqüestro do Embaixador dos EUA.- Em Dez 69, eleito para a DG/MR8; assumiu a direção do Grupo de Fogo (GF )- Em 16 Fev 70, estouro do aparelho da Rua Montevideu, 391 / 201, Penha/GB; baleado o policial Daniel Balbino de Menezes; fugiram: José Roberto Spiegner, Cid de Queiroz Benjamin, Vera Sílvia Araújo Magalhães, Carlos Augusto da Silva Zílio e mais um não identificado.- Em 15 Jun 70, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do Embaixador da Alemanha ( Ver Recordando a História), sequestrado em 11Jun 70, no RJ, pela VPR e pela ALN.- Em Nov 72/Chile, participou da assembleia do racha do MR/8, não aceitou as idéias de nenhum dos grupos, desligando-se das duas facções.- Atualmente, Prof. da Faculdade Helio Alonso e Jornalista da área política do "Globo".

DANIEL AARÃO REIS FILHO ("PLÍNIO"-"DJALMA"-"LUCIANO"-"SANDRO")- Organização Terrorista : AP, DI/GB,MR-8; - Ex- Dirigente da AP, foi Presidente da UME; - Em 69, integrante do Grupo de Ação da DI/GB; - Em 15 Fev 69, participou do assalto ao Hospital Central da Aeronáutica ; - Em Abr 69,participou da III Conferência do MR-8,eleito para a Direção Geral ; - Em Jan 70, integrante da Direção Geral(DG) DO MR-8 e assistente da Frente Operária(FO) ; - Em 16 Fev 70, à noite: estouro do "aparelho" da Rua Montevideu, 391/201, Penha/GB, baleado o policial Daniel Balbino de Menezes; fugiram: Aarão Reis, José Roberto Spiegner, Cid de Queiroz Benjamin, Vera Sílvia Araujo Magalhães, Carlos Augusto da Silva Zílio e mais um não identificado ; - Em 06 Mar 70, preso, falou bastante; - Em 15 Jun 70, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do Embaixador da Alemanha( Ver Recordando a História ), em em seguida foi para o Chile ; - Daniel Aarão Reis e Sonia Yessin Ramos tiveram, no Chile, a filha Tatiana ; - Em Nov 72, no Chile, participou da Assembléia do Racha do MR-8; ficou com o Grupo Militarista (MR-8) CP, Construção Partidária, que veio a dissolver-se em 73 ; - Na década de 90, casou-se com Denise Rollemberg Cruz, Historiadora, com quem teve o filho Samuel, separaram-se e Derly - Em 23.09.01, em entrevista ao Jornal O Globo, declarou que o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionária, ofensiva e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento de resistência democrática - Atualmente, é professor titular de História Contemporânea da UFF.

DERLY JOSÉ DE CARVALHO ("Rui","Alonso","Antonio")
- No início de Fev 69, participou, com mais 15 militantes, de uma reunião realizada num sítio próximo a São José dos Campos, em São Paulo, na qual a Ala Vermelha deixou de se considerar como uma Ala do PC do B, assumiu o foquismo e constituiu-se numa nova organização militarista independente, agora oficialmente denominada de Ala Vermelha. Derly por seu preparo marxista, foi eleito um dos onze membros da Direção Nacional Provisória(DNP) e um dos cinco integrantes da Comissão Executiva Nacional(CEN).-Estruturada e com o nome definido, Grupo Especial Nacionalista Revolucionário/ Ala Vermelha (GENR/AV) reiniciou a sua série de ações armadas em São Paulo, no 1º semestre de 1969: - em 15 Mar: seqüestro do soldado da FPESP, Vandeir Gomes. - em 17 Mar: assalto ao Banco F. Barreto, em Osasco, com o roubo de NCr$ 8.486,50. - em 24 Mar: assalto frustrado ao carro-pagador do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Rua Manoel da Nóbrega. - em 07 Abr: assalto ao Banco Francês-Italiano, na Av. Utinga, em Santo André, com o roubo de NCr$ 17.396,00. - em 05 Mai: assalto ao Banco de Crédito Nacional, na Rua Pacaembu, na Vila Paulicéia, em São Bernardo do Campo, quando roubaram NCr$ 248.000,00; durante a ação, feriram, com coronhadas na cabeça, um guarda bancário e trocaram tiros com a segurança da Fábrica Mercedes Benz, localizada ao lado da agência. - em 14 Mai: ato de sabotagem contra a Empresa de Onibus Jurema, no Jardim Santo Amaro, com o lançamento de "Coquitéis Molotov"e disparo de rajadas de metralhadora. -Das ações desse período, entretanto, pode-se destacar, como o mais sangrento, a de 14 Abr 69, quando Derly e seus irmãos Daniel e Devanir participaram do assalto a um carro-pagador do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, com o roubo de 20 milhões de cruzeiros antigos e o assassinato do motorista, Francisco Bento da Silva e do guarda bancário, Luiz Ferreira da Silva. - em 26 Mai foram presos oito militantes expulsos da Ala Vermelha/AV, dentre os quais quatro dos "Irmãos Metralha"( Ver Recordando a História ), Derly e seus irmãos Daniel, Jairo e Joel.-Atualmente, Derly José de Carvalho é assessor da Associação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Auto Gestão ( ANTEAG)

DILMA VANA ROUSSEFF LINHARES ("ESTELA", "LUIZA", "PATRICIA", "WANDA")
- Em 1967, era militante da Política Operária (POLOP), em Minas Gerais, junto com seu marido, Claudio Galeno de Magalhães Linhares ("Aurelio", "Lobato"). Saiu da POLOP e,também com seu marido, ingressou no Comando de Libertação Nacional (COLINA), tendo sido eleita, em Abr 69, quando atuava na então Guanabara, membro do seu Comando Nacional. - Acompanhou a fusão entre o COLINA e a Vanguarda Popular Revolucionária, que deu origem à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P). Em Set 69, participou como convidada - só com direito à voz - do I Congresso da VAR-P, realizado numa casa em Teresópolis. Nessa ocasião, Darcy Rodrigues, um ex-sargento do Exército oriundo da VPR, tentou agredi-la , sob a ameaça de Dilma não mais poder participar das ações armadas. Na ocasião, recebeu a proteção de Carlos Franklin Paixão de Araújo e com ele foi viver e militar no Rio Grande do Sul e, logo depois, em São Paulo, onde foi presa em 16 Jan 70.- Foi Secretária de Estado de Minas, Energia e Comunicações do Governo do Rio Grande do Sul.;-Ex-ministra de Minas e Energia.-Atualmente é Ministra Chefe da Casa Civil.

-DIÓGENES JOSÉ CARVALHO DE OLIVEIRA ("LEANDRO", "LEONARDO", "LUIZ" e "PEDRO")
-A revolução de Mar 64 o encontrou como militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Sentindo-se perseguido, fugiu para o Uruguai, onde ingressou, em 1966, no recém-criado Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) de Leonel Brizola.-Ainda nesse ano, arranjado por Brizola, foi fazer curso de guerrilha em Cuba, onde ficou um ano e se destacou como especialista em explosivos.-Em 1967, já no Uruguai, tomou consciência de que Brizola era muito de falar e pouco de agir. Diógenes queria, ardentemente, exercitar o que aprendera na ilha de Fidel -Retornou ao Brasil e, em Porto Alegre, conheceu Almir Olímpio de Melo ("Paulo Melo"), que o conduziu a Onofre Pinto, em São Paulo, que também se havia desiludido com o comandante Brizola. -Em Mar 68, concretizou-se o congresso de fundação da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) - organização comunista criada para derrubar o regime pela luta armada - cuja primeira direção ficou constituída por Wilson Egídio Fava, Waldir Carlos Sarapu e João Carlos Kfouri Quartim de Morais, pelo grupo dissidente da Política Operária (POLOP), e Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira e Diógenes José Carvalho de Oliveira, pelo núcleo de remanescentes do MNR. -Pôde assim, Diógenes, iniciar uma longa trilha de sangue, realizando algumas dezenas de ações terroristas na capital paulista, dentre as quais assaltos a bancos, explosões de bombas e assassinatos. O que se segue é, apenas, uma pequena, uma pálida idéia do que praticou esse militante comunista.-No início da madrugada de 20 Mar 68, participou do atentado que fez explodir uma bomba-relógio na biblioteca da USIS, no consulado dos EUA, localizado no térreo do Conjunto Nacional da Avenida Paulista. Três estudantes amigos, que caminhavam pelo local, foram feridos: Edmundo Ribeiro de Mendonça Neto, Vitor Fernando Sicurella Varella e Orlando Lovecchio Filho, que perdeu o terço inferior da perna esquerda. -Na madrugada de 20 Abr 68, preparou mais uma bomba, desta vez lançada contra o jornal "O Estado de São Paulo", que funcionava na esquina da Rua Major Quedinho com a Rua Martins Fontes; do mesmo modo que a anterior, a explosão feriu três inocentes-Na madrugada de 22 Jun 68, participou do assalto ao Hospital do Exército em São Paulo, localizado no Cambuci. Fardados de tenente e soldados, cerca de 10 militantes da VPR renderam a guarda e roubaram nove fuzis FAL, três sabres e quinze cartuchos 7,62 mm -Na madrugada de 26 Jun 68, fez parte do grupo de 10 terroristas que lançou um carro-bomba contra o Quartel General do então II Exército, no Ibirapuera, matando um dos sentinelas, o soldado Mario Kosel Filho, e ferindo mais seis militares.
-Em 01 Ago 68, participou do assalto ao Banco Mercantil de São Paulo, localizado na Rua Joaquim Floriano, 682, no bairro do Itaim, com o roubo de NCr$ 46 mil.-Em 20 Set 68, participou do assalto ao quartel da Força Pública, no Barro Branco. Na ocasião, foi morto a tiros o sentinela, soldado Antonio Carlos Jeffery, do qual foi roubada a sua metralhadora INA.
-Em 12 Out 68, participou do grupo de execução que assassinou o capitão Chandler, do Exército dos EUA. Foi Diógenes quem se aproximou do capitão - que retirava seu carro da garagem, na frente da mulher e filhos - e nele descarregou os seis tiros de seu revólver Taurus calibre .38. -Em 27 Out 68, participou do atentado à bomba contra a loja Sears da Água Branca. -Em 06 Dez 68, participou do assalto ao Banco do Estado de São Paulo (BANESPA) da Rua Iguatemi, com o roubo de NCr$ 80 mil e o ferimento, a coronhadas, do civil José Bonifácio Guercio. -Em 11 Dez 68, participou do assalto à Casa de Armas Diana, na Rua do Seminário, de onde foram roubadas cerca de meia centena de armas, além de munições. Na ocasiao, foi ferido a tiros o civil Bonifácio Signori. -Diógenes foi o coordenador do assalto realizado em 24 Jan 69, ao 4º RI, em Quitaúna, com o roubo de grande quantidade de armas e munições e que marcou o ingresso de Carlos Lamarca na VPR
-Em 02 Mar 69, Diógenes e Onofre Pinto foram presos na Praça da Árvore, em Vila Mariana.
-Um ano depois, em 14 Mar 70, foi um dos cinco militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do cônsul do Japão em São Paulo.-Diógenes ficou pouco tempo no México, indo rever seus amigos em Cuba, onde ficou por cerca de um ano. Em 25 Jun 71, saiu de Cuba e foi para o Chile, que havia se tornado, com Allende, a nova "Cuba sul-americana". Com a queda de Allende, em Set 73, retornou ao México e daí foi para a Europa, onde esteve em diversos países, dentre os quais a Itália e a Bélgica. -Em fins de 1974, radicou-se em Lisboa, onde permaneceu um ano.
-Em Jan 76, iniciou seu périplo africano, onde foi para Angola e Guiné-Bissau, sempre junto com sua então companheira Dulce de Souza Maia, a "Judith" da VPR.-Em 1979 e em 1981, representando o governo de Guiné-Bissau, esteve no Brasil por alguns dias. -Em 1986, era o assessor do vereador do PDT Valneri Neves Antunes, antigo companheiro da VPR e fazia parte do movimento "Tortura Nunca Mais".
-Na década de 90, ingressou nos quadros do PT/RS, sempre assessorando seus líderes mais influentes. -Era o Diógenes da VPR. Hoje, é o Diógenes do PT
-Atualmente é o presidente do Clube de Seguros da Cidadania, em Porto Alegre, órgão encarregado de coletar fundos para o PT.


ELIZABETH MENDES DE OLIVEIRA ("ROSA", "BETE MENDES")
- Era militante da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P) em São Paulo. Atuava no Setor de Inteligência e não foram poucas as reclamações de diversos dirigentes dessa organização comunista de que, em vez de bem desempenhar suas funções, costumava levar, para dentro do seu setor, seus próprios problemas pessoais. - Foi presa em 29 Set 70.- Em Ago 85, já como deputada federal, enviou uma carta ao então Presidente da República, José Sarney, denunciando que, 15 anos antes, havia sido torturada pelo então adido do Exército no Uruguai, Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra


FRANCISCO ROBERVAL MENDES
- Era militante da ALN no Rio de Janeiro. - Participou de diversos assaltos, dentre os quais pode ser citado o de 19 Ago 70, à agência Ramos do Banco Nacional de Minas Gerais, quando foi assassinado o guarda de segurança Wagner Luciano Vitorino da Silva.- Em 13 Jan 71, foi banido para o Chile, em troca da vida do embaixador da Suíça.- Retornando ao Brasil, passou a ser dirigente regional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Rio de Janeiro e professor de História de diversos colégios, dentre os quais o Santo Agostinho.- Atualmente, continua pregando suas idéias comunistas e revolucionárias.


FERNANDO DAMATTA PIMENTEL ("OSCAR", "CHICO", "JORGE")
- Mineiro, foi militante, sucessivamente, do COLINA, da VAR-P e da VPR, onde atuou na Unidade de Combate "Manoel Raimundo Soares", no Rio Grande do Sul.- Participou de diversas ações armadas, das quais se podem destacar a de 02 Mar 70, quando chefiou o assalto a um carro do Banco do Brasil que transportava dinheiro para a Companhia Ultragás, e a de 04 Abr 70, quando participou da fracassada tentativa de seqüestro do cônsul dos EUA em Porto Alegre/RS - O Fracassado Seqüestro do Cônsul dos EUA"), tendo sido preso nove dias depois. - Atualmente, é o Prefeito de Belo Horizonte/MG.


FERNANDO PAULO NAGLE GABEIRA ("MATEUS", "HONORIO", "BENTO", "JOAO", "INACIO")
- Mineiro de Juiz de Fora, foi militante da DI/GB e do MR-8.- Em meados de 1969, pediu demissão do Jornal do Brasil, para participar do seqüestro do embaixador dos EUA.- Em 31 Jan 70, foi preso em São Paulo; cinco meses depois, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, trocados pelo embaixador da Alemanha. - No 1º semestre de 1971, fez curso de guerrilha em Cuba, usando o codinome de "Inácio". - Na sessão do Tribunal Bertrand Russel, de 01 Abr 74, foi um dos que apresentou seu testemunho, aquinhoado que foi, dentre outros, com elevada compensação financeira conseguida pelo Comitê Italiano da Amnesty International.- Em 01 Set 79, regressou ao Brasil, ingressando na vida política no PV/RJ;- Em 1994 foi candidato a Presidente da República, pelo PV;- Em 1998 foi reeleito Deputado Federal;-Atualmente, é Deputado Federal pelo PV/RJ.

FLAVIO KOUTZII ("LAERTE")
- Em meados da década de 60, era militante do PCB no Rio Grande do Sul. Empolgado pela luta armada para derrubar o regime, aderiu à Corrente Revolucionária que surgiu dentro do PCB e, em Out 67, compareceu ao encontro dessa dissidência que, em Abr 68, daria origem ao Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). - Entretanto, partiu para outros caminhos e, em Abr 68, em Santos/SP, participou do congresso de fundação do Partido Operário Comunista (POC), formado pela fusão da Dissidência Leninista do PCB gaúcho (DL/PCB/RS) com dissidentes da Política Operária (POLOP). Nesse congresso, foi eleito membro efetivo do Comitê Nacional do POC e seu dirigente no RS. Em Jun 69, participou da Reunião Ampliada Nacional do POC, realizada numa casa de praia em Tramandaí/RS. - Planejou e participou de diversas ações armadas, dentre as quais pode-se citar a 1ª ação do POC no RS, o assalto ao Banco Industrial e Comercial do Sul, em Porto Alegre, em 23 Jul 69.- Em Abr 70, Flavio Koutzii e sua companheira, a também militante Maria Regina Jacob Pilla ("Carmen"), fugiram para a França.- Em Jul 71, já no Chile, abandonou o POC e filiou-se ao trotskismo, ingressando na Tendência Combate, organização do Secretariado Unificado da IV Internacional.- Regressando ao Brasil sem nunca ter sido preso, ingressou no PT, sendo eleito deputado estadual.-Atualmente, é do "staff" do Ex-Min. das Cidades Olívio Dutra.

FRANKLIN DE SOUZA MARTINS ("WALDIR", "FRANCISCO", "MIGUEL", "ROGERIO", "COMPRIDO", "GRANDE", "NILSON", "LULA")
- Filho de um senador, ingressou no PCB em 1966, atuando no Comitê Secundarista da então Guanabara.- Foi militante da DI/GB e do MR-8. Foi presidente do DCE/UFRJ e vice-presidente da UNE. - Em Out 68, foi preso no Congresso da UNE, em Ibiúna.- Em Abr 69, foi eleito para a Direção Geral do MR-8 e, em meados desse ano, participou do seqüestro do embaixador dos EUA.- Em fins de 1969, fugiu do Brasil no esquema da ALN, indo fazer curso em Cuba.- Refugiou-se em Santiago do Chile, onde, em Dez 72, foi eleito para a nova Direção Geral do MR-8; regressou ao Brasil em Fev 73, indo estruturar o Comitê Regional de São Paulo- Trabalhou, por muitos anos, como comentarista político da Rede Globo de TV e já foi diretor da sucursal do jornal "O Globo" em Brasília/DF.Atualmente está no Palácio do Planalto,a convite de Lula, cuidando do setor de imprensa , propaganda e porta-voz do Governo, com "status" de ministro.


GILNEY AMORIM VIANA ("AUGUSTO")
-Nascido em 1945, em Minas Gerais, estudou Medicina em Belo Horizonte, quando foi membro do Comitê Municipal do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
-Achando que o PCB era muito pouco para atender às suas intenções de violência, ingressou, em 1968, na Corrente Revolucionária que deu origem à Ação Libertadora Nacional (ALN). Foi, inclusive, um dos quatro redatores do documento-base da Corrente/MG, denominado "Orientação Básica para Atuação: 20 Pontos".
-Participou de diversas ações terroristas da Corrente/MG e da ALN/SP, das quais algumas são destacadas a seguir.
-Em 25 Out 68, comandou a ação de roubo de um auto Simca preto, com o qual assaltou a Drogaria São Félix, na Avenida Amazonas, em Belo Horizonte, com o roubo de Cr$ 2 mil.
-Em 01 Dez 68, às 0430h, planejou e comandou a 2ª ação armada da Corrente/MG, com o violento assalto à boite "Seis às Seis", na Avenida Nossa Senhora do Carmo, em Belo Horizonte, quando foram baleados três civis. Durante o assalto, o militante Nelson José de Almeida ("Beto"), que entrara na boite através da cozinha, atirou e feriu no peito o cozinheiro Antonio Joaquim de Oliveira. O freguês Wellington Gadelha Campelo foi ferido na região lombar por um tiro disparado por Gilney. "Beto", já dentro da boite, atirou pelas costas no gerente Antonio de Almeida Ribeiro, que estava na copa. Além dos ferimentos à bala, várias pessoas foram espancadas e roubadas em jóias e em dinheiro. Na fuga, roubaram o carro de um notívago que estava chegando na boite. O dinheiro roubado foi entregue a José Adão Pinto ("Luiz Carlos", "Evaldo"), depositário fiel da organização, e os vários relógios roubados foram partilhados entre os militantes que não os possuíam.
-Em 17 Jan 69, Gilney furtou uma caminhonete C14-16, da firma Motorauto, em Belo Horizonte. José Alfredo ("Henrique"), quando trabalhava nessa firma, tirou cópia das chaves da caminhonete, que se encontrava em reparos na oficina e as entregou a Gilney, juntamente com as informações sobre o local de guarda do veículo.
-Em 20 Jan 69, participou da frustrada tentativa de roubo de explosivos na Pedreira Belo Horizonte, localizada no bairro São Geraldo.
-Em 31 Mar 69, planejou e roubou o automóvel usado no assalto à Caixa Econômica Federal da Avenida Alfredo Balena, 181, em Belo Horizonte.
-Foi preso em 1970, sendo liberado com a anistia, em 1979.
-Foi residir em Cuiabá/MT, onde fundou o PT, em 1980.
-Em 1994, foi o 1º deputado federal eleito pelo PT/MT.
-Em 1996, vivia maritalmente com Iara Xavier Pereira ("Bia"), que também participou de diversas ações armadas pela ALN.
-Em 1998, foi eleito deputado estadual pelo PT/MT.
-Professor da Universidade Federal de MT, escreveu o livro "Massacre da Chácara São Bento", que trata da morte de seis militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), fato ocorrido em 08 Jan 73.
-É o coordenador da ONG "Flor do Cerrado"
-No ano de 2002, participou da elaboração do programa de Governo de Lula na área de Meio Ambiente.
-Em outubro, não conseguiu reeleger-se deputado estadual e hoje, Nov 02, foi indicado para a equipe de transição do presidente eleito.

HENRY PHILLIPE REICHSTUL
- Foi militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), tendo sido preso em maio de 1970.- Sua irmã francesa, Pauline, mais conhecida por "Silvana", também era militante da VPR.Morreu em tiroteio no Grande Recife, em janeiro de 1973, quando, vinda de um guerrilha em Cuba, tentava reestruturar a VPR no Brasil. - Foi presidente da Petrobrás, deixando o cargo em 2001;

JAIME WALWITZ CARDOSO ("MARCELO")
- Em meados da década de 60, como estudante secundarista na então Guanabara, ingressou na Ação Popular (AP). Em Mar 68, foi um dos líderes de uma dissidência surgida no setor secundarista que rompeu com a AP e que, dois meses depois, foi criar o Núcleo Marxista Leninista (NML), tendo sido eleito um dos três membros do comando.- Em Mar 69, participou da fusão do NML com o Comando de Libertação Nacional (COLINA). Posteriormente, ainda em processo de fusão - agora com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) - incorporou-se à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P).- Em 13 Jan 71, foi um dos 70 militantes comunistas banidos para o Chile, em troca da vida do embaixador da Suíça.- Em Dez 00, foi condecorado com a medalha da Ordem do Mérito Policial Militar, pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - Atualmente, é Secretário de Estado de Trabalho, do governo do Estado do Rio de Janeiro, nomeado pelo Governador Garotinho.


JESSIE JANE VIEIRA DE SOUZA- Militante da ALN/RJ.- Em 01 Jul 70, levando armas escondidas no baixo ventre simulando gravidez, tentou seqüestrar o avião Caravelle da Cruzeiro do Sul, no Galeão. Jessie Jane foi presa com mais três militantes da ALN, um dos quais seu marido, Colombo Vieira de Souza, que levava uma arma escondida no sapato. Os outros dois, os irmãos Fernando e Heraldo Palha Freire, morreram na ação. Durante o frustrado seqüestro, o Cmt do avião, Harro Cyranka, foi ferido. - Atualmente,Jessie Jane é Diretora do Arquivo Público do Estado, onde estão arquivados todos os documentos do antigo DOPS. Ela foi nomeada por "Garotinho", Governador do Rio de Janeiro, em 1999.


JOÃO CARLOS BONA GARCIA ( " ANDRE " )
- Foi um dos fundadores do POC em Passo Fundo. - Em dezembro de 69, era membro da Unidade de Combate da VPR no RS, denominada " Manoel Raimundo Soares"(UC/MRS). - Em 01 Mar 70, no Rio Grande do Sul, a fim de desviar de S.Paulo a atenção dos orgãos de segurança, a UC/MRS da VPR, inicia as ações armadas. Na noite de domingo, 01 de Mar, Reinholdo Amadeu Klement e Irgeu João Menegon, com a cobertura de João Carlos Bona Garcia e Luiz Carlos Dametto, roubam um Gordini marrom que estava estacionado na Rua 24 de Outubro, em frente ao Cine Coral, em Porto Alegre. - Na manhã de 02 Mar 70, esses mesmos quatro militantes da VPR sob o comando de Fernando Damatta, assaltaram ainda, um Volks do Banco do Brasil que transportava dinheiro da Companhia Ultragas, levando 65.000 cruzeiros. Para esta ação, usaram o Gordini roubado na noite anterior e um Volks bege, de propriedade de Irgeu, denominado "Velho Cancheiro" e que seria utilizado em todos os assaltos daquele ano. Foi a primeira ação armada de Bona Garcia. - Participou do assalto a um carro pagador do Bradesco. - Em Porto Alegre/RS, em 11 Abr 70, a prisão de Eliana Lorentz Chaves possibilitou as "quedas", nos dois dias seguintes, do comandante da UC/MRS - Felix Silveira Rosa Neto, de Fernando Damatta Pimentel e de Irgeu João Menegon, que haviam participado da fracassada tentativa de seqüestro do cônsul norte-americano, além de João Carlos Bona Garcia e de Elvaristo Teixeira do Amaral, este no dia 26 de abril. As declarações dos militantes presos, particularmente as de João Carlos,possibilitaram o desvendamento da tentativa de seqüestro e da identifcação dos demais militantes que integravam a UC gaúcha, além da localização de 5 "aparelhos" da organização em Porto Alegre. - Em 13 Jan 71, foi um dos 70 militantes comunistas banidos para Santiago/Chile, em troca do Embaixador da Suíça- Em 89 foi SubChefe da Casa Civil do governo Pedro Simon no RS. - Em 96, Sec Geral do PMDB gaúcho. - Em 13 Mai 96 , tomou posse no Conselho de Diretores do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (BANRISUL). - Em Jan 97, assumiu a presidência do Sindicato dos Bancos do RS. - Atualmente, é Juiz da Justiça Militar do RS.


JOAO CARLOS KFOURI QUARTIM DE MORAIS ("MANOEL", "MANÉ", "MANECO")
- Formado em Direito e em Filosofia pela USP, foi militante da Política Operária (POLOP). Em 1968, após regressar depois de dois anos de estudos na França, foi um dos fundadores da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), onde chegou a participar de algumas ações armadas.- Em Set 68, integrou o "Tribunal Revolucionário" que condenou à morte o Cap Chandler, "justiçado" em 12 Out 68- Em Dez 68, por divergências políticas, foi expulso da VPR. Quatro meses depois, com nome falso, fugiu para o Uruguai.- Em Out 70, foi para Paris, onde viveu dez anos, mas também passou pela Inglaterra, Itália, Iugoslavia e Chile.- Em Fev 70, no Chile, foi um dos fundadores da revista "Debate", posteriormente também editada na Europa e que defendia, basicamente, a constituição de uma "plataforma para a união dos comunistas brasileiros".- Com a anistia de 1979, regressou ao Brasil, onde passou a atuar na ABI/SP e foi contratado para ser professor da UNICAMP. Em 1983, foi nomeado Secretário de Imprensa do governo de São Paulo, pelo governador Franco Montoro.- Atualmente, é professor titular do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP.


JOSÉ DIRCEU ("Daniel")
- O mineiro José Dirceu de Oliveira e Silva tinha 19 anos por ocasião da Revolução de 1964. Nessa época, era estudante secundarista na cidade de São Paulo e já participava do movimento estudantil, filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).Dois anos depois, já universitário, José Dirceu estava totalmente impregnado pelas idéias radicais de seu líder no PCB, Carlos Marighella, e o acompanhara na denominada "Corrente Revolucionária", criada dentro do partidão a fim de defender a luta armada. No final desse ano de 1966, ingressou na "Ala Marighella", tranformada, um ano depois, no Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP).- Em 1968, José Dirceu exercitava sua liderança como presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) insuflando os jovens a pegarem em armas, nem que fossem uns contra os outros. Foi assim que, no início de outubro, constituiu-se num dos líderes do conflito no qual se envolveram, na Rua Maria Antonia, cerca de um mil estudantes universitários da Faculdade de Filosofia da USP e do Mackenzie. Armados de correntes, porretes, revólveres e coquetéis molotov, os estudantes digladiaram-se numa verdadeira guerra campal, finda a qual um estudante morto (baleado na cabeça), dez outros feridos e cinco carros oficiais incendiados atestavam a virulência do ocorrido.Entretanto, a prisão de José Dirceu - então mais conhecido como "Daniel" - Em 12 Out 68, durante a realização do 30º Congresso da UNE, em Ibiúna, impediu que ele prosseguisse nas suas estrepolias.Além da UEE/SP, quem mais sentiu a sua prisão foi a "Maçã Dourada", jovem plantada junto dele pelo DOPS, para colher informações.Ainda na prisão, acompanhou a transformação do AC/SP na Ação Libertadora Nacional (ALN).- Em 05 Set 69, menos de um ano após sua prisão, foi um dos 15 militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do embaixador dos EUA, que havia sido seqüestrado no dia anterior, no Rio de Janeiro, pela ALN e pelo MR-8.Do México, "Daniel" seguiu para Cuba, onde, durante o ano de 1970, a partir de maio, participou de um Curso de Guerrilhas, no denominado "III Exército da ALN" ou "Grupo da Ilha" ou, ainda, "Grupo Primavera". Esse grupo, sentindo-se órfão com a morte de Marighella, rachou com a ALN (os divergentes passaram a ser conhecidos como o "Grupo dos 28"), dando origem à Dissidência da ALN (DI/ALN), mais tarde transformada no Movimento de Libertação Popular (MOLIPO).O MOLIPO foi uma organização de curta e triste história. A maioria do "Grupo dos 28" regressou ao Brasil, a fim de exercitar seu treinamento de ações terroristas. Entretanto, logo após chegarem ao país, os militantes foram caindo um a um, como peças de um dominó, cujo "armador", dizem, está vivo até hoje.No total, José Dirceu permaneceu em Cuba durante 18 meses quando teria feito uma operação plástica nos olhos e no nariz, para voltar ao Brasil com segurança. Apesar dessa operação não ter sido confirmada - muitos dizem ser uma mentira deslavada -, José Dirceu só voltou ao Brasil em Abr 75, quando a luta armada já havia terminado.Com o falso nome de "Carlos Henrique Gouveia de Mello", radicou-se em Cruzeiro d'Oeste, no Paraná, onde casou-se com uma ricaça da região, com quem teve um filho.No final de 79, regressou a Cuba, dizem que para retificar a antiga operação plástica (??).Depois de ter uma filha com uma portuguesa e ter mais uma filha em um relacionamento desconhecido, José Dirceu casou-se pela terceira vez, agora com sua atual mulher.-Durante sua gestão na Casa Civil, em 2005, surgiram várias crises de corrupção como o Caso Waldomiro (Auxiliar direto de Dirceu) e "Mensalão" (compra de Deputados para votarem com o governo e /ou mudar de sigla partidária.-Denunciado pelo Pres. do PTB Roberto Jefferson, como chefe do esquema de corrupção na compra de votos de parlamentares, juntamente com líderes do PT (Genuino, Delubio ,Marcelo Sereno e Silvio Pereira ) e o empresário Valério (Publicitário).-Ex-Ministro Chefe da Casa Civil cuja função se viu forçado a pedir demissão. Está diretamente envolvido na corrupção da manipulação de verbas federais em favor de um projeto de tomada do poder pelo PT. -Foi cassado por falta de decoro parlamentar.-Atualmente é membro da Executiva do PT e é "lobista".


JOSE GENOINO NETO ("GERALDO")
- Organização Terrorista : PC do B; - Aos 14 anos, foi estudar em Fortaleza;- Formado em Filosofia; iniciou Direito;- Em 1967 :ingressou na UFCE e no PC do B;- Em 1967/68:Presidente do DCE/UFCE (0 Vice Pres/DCE era BERGSON GURJÃO FARIAS ("JORGE"), PC do B / ARAGUAIA);- Em 12 Out68: Preso no Congresso da UNE em Ibiúna/SP- Em 1969/70: Diretor da UNE; - Em Jul 70: Foi ara o Araguaia morar com “OSVALDÃO”e João Amazonas;- Guerrilheiro do Dst B, Ch Gp Gameleira; - Companheiro de ANTONIO GUILHERME RIBEIRO RIBAS ("FERREIRA", "GORDO", "JOSE FERREIRA", "ZE FERREIRA");-Em 17 Abr 72: Logo no início da 1ª campanha, nessa manhã, às 0500h,saiu para avisar o Dst C dos ataques;às 17 h chegou no Dst C, que já havia fugido, dormiu no mato sob chuva;- 18 Abr 72: Ao retornar pela estrada foi preso por um bando de “bate-pau” (uns 10)."CURIÓ" Declarou que Genoíno foi preso por ele em 22 Abr 72;- Foi algemado com as mãos para frente e a mochila amarrada nas costas.Saiu correndo, tentando fugir.Atiraram (um tiro raspou o braço).- SET 72:Na 2ª campanha. O EB distribuiu cópias de uma carta de José Genoíno Neto (“GERALDO”) ao GLENIO FERNANDES DE SA ("PAULO", "ALBERTO"),ambos do Dst B/GP GAMELEIRA; dizia que estava sendo bem tratado e pedia para que ele se entregasse; trazia foto dele, GENOÌNO e de DAGOBERTO ALVES DA COSTA ("GABRIEL", "MIGUEL", "ERNESTO");- Em Mai 73,o Dst C realizou uma ação punitiva contra a fazenda e a casa de comércio de NEMER KOURI (OU CURI) ("PAULISTA"). Este fazendeiro ajudou o Exército a JOSE GENOINO NETO ("GERALDO"),no início da luta e tinha se apossado de um burro que pertencia aos guerrilheiros. A Operação foi feita à noite. Sua fazenda foi cercada.Encontravam-se lá NEMER, sua mulher e mais treze trabalhadores. NEMER foi preso. Aos 13 peões, os guerrilheiros explicaram o motivo da ação e os objetivos da luta.Nada se fez contra eles.Os guerrilheiros confiscaram 400 cruzeiros, um revólver 38, roupas, alimentos e remédios."- Em 1975: Julgado e condenado a 5(cinco) anos;- Em Abr 77: Libertado.- Divergências com o PC do B; foi para o PRC.- Na prisão casou-se com RIOCO KAYANO, Militante do PC do B/SP. - Publicou o livro "GUERRA DE GUERRILHAS NO BRASIL" ("GGB");- PAG 133: ENTREVISTA DE 1977;- PAG 197: CARTA DE FEV 75.-Em 2002 candidatou-se ao governo de S. Paulo, perdendo no 2º turno.-Envolvido num grande esquema de corrupção ( compra de votos de parlamentares) e empréstimos vultuosos para o PT, sem conhecimento de membros da executiva do Partido, foi obrigado a renunciar ao mandato de Presidente do PT.-Está sob investigação do próprio partido e do STF.-Atualmente é Deputado Federal pelo PT

LADISLAS DOWBOR ( " ABELARDO ", " JAMIL ", " NELSON ")
- VPR ; VAR-P;- Francês, filho de pai polonês.- Em 21 Fev 63, naturalizou-se brasileiro quando residia em Recife; - Foi dirigente da VPR 1, da VAR-P e da VPR 2 ( CN );- Em 68, membro do " Tribunal Revolucionário " da VPR que condenou à morte o Cap. Chandler, morto em 12 Out 68 ( Ver Justiçamento).- Nov 69, Congresso Nacional da Reestruturada VPR, foi designado membro do CN (Comando Nacional ). Depois substituiu José Raimundo da Costa como Cmt da UC/SP.- Em 11 Mar 70, participou do seqüestro do Consul do Japão, em SP.- Em Abr 70, o CN/VPR realizou uma reunião com os seus CMT/UC, numa casa em, Peruibe, cidade do litoral Sul paulista, a qual compareceram Carlos Lamarca, vindo da área de treinamento, Ladislas Dowbor, membro do CN e CMT/UC em São Paulo e Maria do Carmo Brito, membro do CN, além dos dois CMT/UC da Guanabara, Juarez Guimarães de Brito e José Ronaldo Tavares de Lira e Silva.- Em 21 Abr 70, preso em São Paulo com Joaquim dos Santos e Lizst Benjamin Vieira, em ponto entregue por Maria do Carmo Brito ( presa em 18 Abr 70 ).- Em 15 Jun 70, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do Embaixador da Alemanha - Com a chegada na Argélia dos quarenta banidos, trocados pelo Embaixador alemão, a FBI ( FRENTE BRASILEIRA DE INFORMAÇÕES ), criada exclusivamente para denegrir a imagem do Brasil no exterior, passou a ser dirigida por um colegiado composto por Miguel Arraes, Apolonio de Carvalho, do PCBR, Ladislas Dowbor, da VPR, Jean Marc Friedrich Wan Der Weid, da AP e José Maria Crispim, do PCB.- Em Fev 71, Ladislas Dowbor e Apolonio de Carvalho, membros do colegiado da coordenação internacional da FBI, dirigiram-se para a cidade de Lund na Suécia onde se encontrava asilado o militante do MAR, Elio Ferreira Rego. Das conversações, resultou a decisão de criar-se uma sucursal da FBI em Lund, sob a supervisão de Elio Rego.- Atualmente, Prof. Titular de Economia da PUC/SP; trabalha no Instituto de Economia da UNICAMP
LAERTE DORNELES MÉLIGA ("AMAURI", "FLAVIO", "SEBASTIÃO")- Foi ativo militante da organização comunista Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), no Rio Grande do Sul, onde participou de diversos assaltos. Preso em 12 Dez 69, foi liberado logo depois, pois os órgãos de segurança ainda desconheciam sua atuação. - Em Mar 70, foi para São Paulo, onde integrou-se a uma das Unidades de Combate da VPR, continuando a participar das ações armadas. Em Jan 71, participou dos levantamentos que culminariam, em 15 Abr, com o assassinato do industrial Henning Albert Boilesen.- Em 02 Fev 71, foi preso em Porto Alegre, quando fora buscar mais munição para a VPR/SP. Falou bastante e, inclusive, entregou o "ponto" que teria com o militante Gregório Mendonça ("Fumaça", "Leônidas", "Marcos"), preso dois dias depois em São Paulo. Nada falou, entretanto, sobre o projetado assassinato do industrial Boilesen. - Foi liberado em Dez 74 e ingressou no PT. -Atualmente, é do "staff" do Ex-Min. das Cidades Olívio Dutra.
-LUIZ SOARES DULCI - Anos 70:Militante da OSI (LIBELU) Organização Trotskista;- Nasceo em S.Dumont / MG;- Formado em Letras;- 80: Foi um dos fundadores do PT:- 1983/86: Dep Fed pelo T / MG;- Presidente da Fundação PERSEU ABRAMO, do PT;- Foi Secretário- Geral do PT;-Atualmente é o Secretário-Geral da Presidência da República.

LUIZ GUSHIKEN - Militante da OSI (LIBELU), Organização Trotskista;- Formado em Adm de Empresas pela FGV / SP;- 1986/90/94: Dep Fede pelo PT/SP;-Ex-Secretário de Comunicação da PR, visto que seu nome está envolvido num esquema de troca de favores com verba de publicidade do governo
- Envolvido na crise da corrupção sobre o uso de verbas de publicidade, sofreu dois baques. O primeiro, deixou de ser ministro passando a ser subordinado à Casa Civil e a atual ministra Dilma Roussef. O segundo baque foi a saída da esfera de Dilma passando a ser subordinado a Luiz Dulci. Seu gabinete agora é fora do Palácio .Provavelmente terá que se explicar na CPMI dos Correios.


LÚCIO BORGES BARCELOS ("RAUL")- Era militante da Fração Bolchevique Trotskista (FBT), no Rio Grande do Sul, tendo participado, no carnaval de 1970, da sua II Conferência Nacional.- Foi preso em Abr 70.- Era Secretário Municipal de Saúde da prefeitura de Porto Alegre/RS, até Dez de 2000

LISZT BENJAMIN VIEIRA ("BRUNO", "FRED") - LISZT BENJAMIN VIEIRA, também conhecido por "BRUNO" e "FRED", foi, sucessivamente, a partir de Jun 68, militante das seguintes organizações comunistas: Comando de Libertação Nacional (COLINA), Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares (VAR-P) e Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).- Em 30 Jan 69, conseguiu fugir de um cerco policial ao seu aparelho na Rua Timbiras, 296, São Francisco, Niterói/RJ, quando foi presa a militante Vera Wrobel ("Ana"). - Em Mar 69, por razões de segurança, a COLINA decidiu deslocá-lo para Porto Alegre, junto com o também militante Claudio Galeno de Magalhães Linhares ("Aurelio", "Lobato"). Como delegado do Rio Grande do Sul da já então formada VAR-P (fusão da COLINA com a VPR), participou, em Set 69, numa casa em Teresópolis/RJ, do I Congresso da VAR-P, conhecido como o "Congresso do Racha", que provocou o aparecimento do "racha dos 7" e o ressurgimento da VPR.LISZT permaneceu na VAR-P somente por mais alguns dias, quando, escrevendo o documento "Nada se nega à coluna", aderiu a um novo "racha", o "racha dos 4", e ingressou na VPR.No início de novembro de 1969, na Barra da Tijuca, participou do Congresso que reestruturou a VPR. - Em 11 Mar 70, em São Paulo/SP, participou ativamente do seqüestro do cônsul do Japão, Nobuo Okuchi. - Em 21 Abr 70, LISZT foi preso em SP, juntamente com os militantes Ladislas Dowbor ("Abelardo", "Jamil", "Nelson") e Joaquim dos Santos ("Monteiro", "Antoninho", "Toninho", "Joca", "Martins") - Em 15 Jun 70, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca da vida do embaixador da Alemanha.Regressando ao Brasil após a anistia, LISZT, formado em Direito e em Ciências Sociais, foi eleito, em 1972, deputado estadual pelo T/RJ.Exagerando na apologia a Carlos Lamarca, o deputado LISZT, em pronunciamento na assembléia em 25 Ago 83, disse que seu ex-chefe na VPR havia sido o primeiro aluno da Escola Militar - quando, na realidade, foi um dos últimos.Durante a ECO/92, realizada no Rio de Janeiro, foi um dos coordenadores do Fórum Global.É professor da PUC/Rio e da UFF. É, também, defensor público.

MARIA AUGUSTA CARNEIRO RIBEIRO ("GUTA", "ZAZÁ")
Nascida em 1947, a mineira de Montes Claros foi aos EUA em 1964, num intercâmbio de estudantes.
Ao regressar, ingressou na Faculdade Nacional de Direito e foi participar do movimento estudantil no Centro Acadêmico Candido de Oliveira, o "CACO", iniciando sua militância no PCB.
Defensora da luta armada, ingressou na Dissidência do PCB na então Guanabara (DI/GB), mais tarde transformada no MR-8.
Em Out 68, foi presa pelo DOPS.
Em 06 Set 69, foi a única mulher dentre os 15 militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do embaixador dos EUA, que havia sido seqüestrado dois dias antes.
Do México, foi para Cuba, onde fez um curso de guerrilha.
Em Nov 72, já morando no Chile, participou de uma assembléia do MR-8, que terminou num "racha": de um lado os "massistas", que continuaram (e até hoje continuam) com a sigla MR-8, e do outro, os "militaristas", defensores da continuação da luta armada, que adotaram a sigla "MR-8/CP", de "Construção Partidária". Este último grupo, mais radical, teve a liderança de "GUTA" e de Vladimir Palmeira, mas veio a dissolver-se no ano seguinte.
Passou pelos seguintes países: Itália (onde fez uma cirurgia dentária), Argélia e Suécia, onde teve um filho e formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Artes e Ciências da Universidade de Upsala.
Regressou ao Brasil após a anistia de 1979 e foi trabalhar na Companhia Vale do Rio Doce.
Em 1999, trabalhava com seu marido na Editora da Rio Graphis.
Em 2002, era a diretora de Produção e Comercialização da Fundação Santa Cabrini, um órgão da Secretaria de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que atua no sistema prisional.
Em 08 Jan 03, a ex-guerrilheira foi nomeada Ouvidora Geral da Petrobrás, com um polpudo salário.

MARCIO MOREIRA ALVES ("MARCITO")
- Em 66, Deputado Federal- Em Abr 66, recebeu carta de Arraes- Em 12 Mai 68-SP, participou da reunião de fundação do MOVIMENTO POPULAR DE LIBERTAÇÃO (MPL)- "Prosseguindo as atividades de aliciamento, o advogado e jornalista Sebastião de Barros Abreu foi contatado por Dejaci Florêncio Magalhães, do MPL, através do jornalista D'Alembert Jorge Jaccoud, então chefe da sucursal de Brasília do "Jornal do Brasil". A intenção do MPL, na realidade, era a de fazer contato com José Porfírio, o mesmo da "guerrilha" de Trombas e Formoso, de quem Sebastião de Barros Abreu já fora advogado e ainda era amigo. Dejaci desejava entregar a José Porfírio um documento de Arraes e Almino Afonso, no qual eram expostas as linhas básicas do MPL. Arraes pretendia acelerar o processo revolucionário e via, na figura de Porfírio, o líder para desencadear uma guerrilha rural em extensa área a Este do rio Tocantins, nos estados de Goiás e do Maranhão. Esse documento foi explicado aos jornalistas Sebastião Barros de Abreu e D'Alembert Jorge Jaccoud pelo deputado federal Márcio Moreira Alves, em seu próprio apartamento."- Em 03 Dez 68, O DEP FED Marcio Moreira Alves profere discurso no "PINGA-FOGO" da Câmara injuriando as Forças Armadas e qualificando seus quartéis como "Valhacouto de Gangsters".- Em 12 Dez 68, Câmara dos Deputados rejeita pedido do Executivo de processar o Dep Fed Marcio Moreira Alves- Em 13 Dez 68, Ato Institucional Nº 05 (AI-5); Governo Costa e Silva.- Cassado o Dep Fed Marcio Moreira Alves - Em início 69 participou da reunião do MPL na fazenda de seu pai, no RJ, para analisar o AI 5 de Dez 68- Em Out 69 Arraes, Marcio Moreira Alves, Almery Bezerra e Everaldo Noroes criaram, em Paris, a Frente Brasileira de Informações (FBI).- Em 72, foi encarregado de restabelecer as atividades da FBI na Inglaterra, enquanto se definia a expansão da distribuição dos boletins da FBI a todos aqueles que pudessem colaborar com a sórdida campanha de difamação do Brasil.- Em 15 Mar a 09 Abr 72, na Igreja São Clemente, em Nova York: A FBI realizou uma extensa promoção contra o Brasil, englobando conferências, debates, filmes e representações. O evento contou com a participação do teatrólogo Augusto Boal, do cineasta Gláuber Rocha e do ex-deputado Márcio Moreira Alves, dentre outros.- Em 07 JUL 72, o comitê alemão da Amnesty International patrocinou, em Hamburgo, uma conferência de Márcio Moreira Alves, ocasião em que foi feita a propaganda de um de seus livros, contendo injúrias contra o Brasil.- Em Out 74: Com a Revolução dos Cravos, foi morar em Lisboa, Portugal.- Articulista do Jornal "O Globo", utilizando sua coluna, muitas vezes, na defesa de terroristas e do terrorismo.-Está inativo em sua residência por motivo de doença.


MARINA OSMARINA DA SILVA FILHO- MINISTRA DO MEIO AMBIENTE
- Ex-seringueira e analfabeta até seus 16 anos;- Foi militante das Comunidades Eclesiais de Base, ligadas à Igreja;- Anos 80: Ingessou na Faculdae de História quando passou a militar no PRC-Partido Revolucionário Comunista;- 84: Com CHICO MENDES, Fundou a CUT / AC;- 85: Fliou-se ao PT, mas não conseguiu eleger-se Dep Fed;- 88: Eleita Vereadora pelo PT em Rio Branco / AC;- 90:Eleita Dep Est pelo PT em Rio Branco / AC;- 94:Eleita Senadora pelo PT em Rio Branco / AC;- Atualmente é Ministra do Meio Ambiente;


MARIA DO AMPARO ALMEIDA ARAUJO- Militante da ALN no Rio de Janeiro.- Era irmã do também militante Luiz Almeida Araujo e companheira do dirigente Thomaz Antonio da Silva Meirelles Netto ("Luiz").- Participou de diversas ações armadas, dentre as quais o "justiçamento" do professor Francisco Jacques Moreira de Alvarenga, assassinado em 28 Jun 73, dentro do Colégio Veiga de Almeida, por seu companheiro Thomaz e por outros dois militantes nunca identificados. (Ver "Justiçamento - O Assassinato do Professor Francisco Jacques Moreira de Alvarenga") - Atualmente, é a presidenta do Grupo Tortura Nunca Mais de Pernambuco.
MARÍLIA GUIMARÃES FREIRE ("MIRIAM")
- Foi militante do Comando de Libertação Nacional (COLINA) e da Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares (VAR-P).- Era casada com FAUSTO MACHADO FREIRE ("RUIVO". "WILSON"), militante do COLINA, que participou de diversos assaltos e foi preso em 28 Mai 69 (banido em 15 Jun 70).- Em 01 Jan 70, levando seus dois filhos menores, participou, com outros 5 militantes da VAR-P, do sequestro do avião Caravelle da Cruzeiro do Sul, sequestrado logo apos decolar de Montevideu e levado para Cuba.


NILMARIO DE MIRANDA ("AUGUSTO", "GUSTAVO")- Mineiro, participou, em Abr 68, em Santos/SP, do Congresso de Fundação do Partido Operário Comunista (POC), quando foi eleito membro suplente do Comitê Nacional (CN), passando para membro efetivo ainda nesse ano. Em Jun 69, participou da Reunião Ampliada Nacional, realizada numa casa de praia em Tramandaí/RS.- Em Fev 70, contrário à luta armada, passou a integrar um "racha" do POC, denominado de Tendência Proletária. Dois meses depois, participou do Ativo Nacional dessa Tendência, que deu origem à Organização de Combate Marxista Leninista - Política Operária (OCML-PO), da qual foi eleito suplente do CN. Passou a atuar em São Paulo, onde foi preso em 1972. - Eleito Deputado Federal pelo PT/MG, sempre se destacou pela defesa dos comunistas: entre 1991 e 1994, no Congresso, foi o presidente da Comissão Externa dos Desaparecidos Políticos e, em 1996, por ser o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, foi nomeado membro da Comissão Especial dos Mortos e Desaparecidos Políticos.- Em Ago 99, aproveitando os dados levantados pela Comissão dos Desaparecidos, lançou o livro "Dos Filhos deste Solo", escrito em parceria com o jornalista Carlos Tibúrcio.- Deputado Federal-PT e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados
-No bojo de uma crise política o Presidente , para atender ,a base aliada, "despetizou" o ministério e reduziu o status de ministro de algumas Secretarias.
Atualmente foi substituído na Secretaria dos Direitos Humanos , o que diminui sobremaneira sua influência.


RAFTON NASCIMENTO LEÃO ("GORDO", "MENDES")- Originado de Goiás, militou no Comando de Libertação Nacional (COLINA) e, posteriormente, na Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P), onde participou, em Set 69, do seu I Congresso, realizado numa casa em Teresópolis.- Em Nov 70, fugiu para o Chile e, posteriormente, esteve em diversos países, como a Argentina, a Suécia e Moçambique. Regressou ao Brasil em Set 80, sem nunca ter sido preso. - Em 2002 era o Assessor Chefe de Planejamento e Controle da Secretaria de Estado de Trabalho, do governo do Estado do Rio de Janeiro, nomeado pelo então Governador Garotinho.

RAUL JORGE ANGLADA PONT ("RENE")
- Era militante do Partido Operário Comunista (POC), tendo atuado no Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde foi preso em 29 Ago 71. - Era prefeito de Porto Alegre/RS, até Dez de 2000.-Faz da executiva do PT.


TARSO FERNANDO HERZ GENRO ("CARLOS, "RUI")- Gaúcho de Santa Maria, onde foi Aspirante R2 de Artilharia.- Em 1966, atuava na UNE e era militante do PC do B. Atraído para a luta armada, saiu do PC do B e ingressou, em 1968, na Ala Vermelha. Em 1970, ficou preso durante três dias no DOPS; solto, fugiu para o Uruguai. Na década de 80, foi militante do clandestino Partido Revolucionário Comunista (PRC). Ingressou no PT, onde foi deputado federal e vice-prefeito de Porto Alegre. -Ex- prefeito de Porto Alegre.Candidatou-se ao governo do RGS, tendo perdido em 2º turno.-Ex-ministro da Educação- Foi presidente do PT, em substituição a José Genuino, no escândalo do Mensalão e espréstimos do PT.-Atualmente é ministro da Justiça tendo antes sido ministro da coordenação política.

THEODOMIRO ROMEIRO DOS SANTOS ("MARCOS", "THEO")- Foi militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). - Na noite de 27 de outubro de 1970, em Salvador/BA, após ter sido preso, matou com um tiro nas costas o sargento da Aeronáutica Walder Xavier de Lima e feriu o agente da Polícia Federal Amilton Nonato Borges.Foi condenado à morte, pena essa comutada para prisão perpétua e, posteriormente, para 18 anos; - Em 17 de agosto de 1979, fugiu da penitenciária da Bahia, conseguindo asilo na Nunciatura Apostólica e obtendo salvo-conduto para o exterior; - Regressou ao Brasil em setembro de 1985, sendo recebido como "herói", ingressando no PT e afirmando que não se arrependia do crime que havia praticado e que faria tudo de novo;- Atualmente, é juiz do Tribunal Regional do Trabalho, no Recife/PE.

UBIRATAN DE SOUZA("GREGORIO", "MAURICIO", "RAIMUNDO", "REGIS", "ROMUALDO")- Foi militante da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P) e da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), tendo atuado no Rio Grande do Sul e em São Paulo. - De 02 Fev a 18 Abr 70, participou do treinamento de guerrilha realizado pela VPR em Registro/SP. Nesse ano, como integrante de uma Unidade de Combate da VPR em SP, participou de diversas ações armadas, dentre as quais pode-se citar o assalto, em 28 Set 70, à viatura da Rádio Patrulha nº 53, na Rua Alcindo Guanabara, perto da Av. Lins de Vasconcelos, quando o veículo foi incendiado e as armas - revólveres e metralhadoras - dos dois policiais foram roubadas. - Foi preso em 02 Out 70. - Em 13 Jan 71, foi um dos 70 militantes comunistas banidos para o Chile, em troca da vida do embaixador da Suíça. No mês seguinte, foi nomeado pelo próprio Carlos Lamarca para ser o coordenador das bases da VPR no Chile. - Esteve em diversos países, dentre os quais Cuba e França. Regressou ao Brasil em Nov 79. - Foi Secretário Especial de Orçamento e Finanças do Governo do RS, na gestão de Olivio Dutra.

VERA SILVIA ARAUJO MAGALHÃES (ANDREIA", "CARMEN", "MARTA", "ANGELA", "DADA")- Organização Terrorista: MR-8- Em Abr 69, participou da III Conferência do MR-8- Em 16 Fev 69, participou do seqüestro do Embaixador dos EUA. (Ver "Recordando a História)- Em 16 Fev 70, estouro do "aparelho"da Rua Montevideu, 391/201, Penha-GB, baleado o policial Daniel Balbino de Menezes, fugiu com outros terroristas.- Em 06 Mar 70, foi presa, levando um tiro de raspão na cabeça. Falou bastante.- Em 15 Jun 70, foi um dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia, em troca do Embaixador da Alemanha, seqüestrado em 11 ii Jun 70, no Rio de Janeiro, pela VPR e ALN ( Ver "Recordando a História)- Em 78, em Paris nasceu seu filho Felipe.- Atualmente, integra a ONG Alto- Lapa- Santa.

WASHINGTON ADALBERTO MASTROCINQUE MARTINS ("RAUL")
- MILITANTE DA ALN/SP - MAR A SET 69: FEZ CURSO EM CUBA; II EXERCITO DA ALN = GRUPO DOS 25; FOI O REPRESENTANTE DE "TOLEDO" NO CURSO - 1970: VOLTOU AO BRASIL MAS, LOGO DEPOIS, REGRESSOU A CUBA, DIZENDO QUE NO BRASIL NAO TINHA INFRAESTRUTURA PARA GUERRILHA; EM CUBA, RECEBEU U$ 300 MIL PARA ENTREGAR NA FRANÇA; DESERTOU E, EM VEZ DA FRANÇA, FUGIU PARA A SUECIA; FOI CONDENADO À MORTE PELOS CUBANOS; QUANDO SOUBE, LIGOU PARA A EMBAIXADA DE CUBA NA SUECIA E JOGOU A MALA DE DINHEIRO NA EMBAIXADA; FOI SUSPENSA SUA PENA DE MORTE; FOI VIVER NA SUIÇA - NO INICIO DE GOVERNO DE MARIO COVAS, FOI NOMEADO CHEFE DE GABINETE DA SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES METROPOLITANOS DE SP - ATUALMENTE É FUNCIONÁRIO DA PREFEITURA DE SÃO PAULO.