segunda-feira, dezembro 22, 2008

Ditadura Militar. Algo para se pensar.

O MEU PENSAMENTO É ESSE MESMO. APONTEM-ME O MILITAR QUE TEVE OU TEM FORTUNAS NO PARAÍSO FISCAL? OS MILITARES TINHAM MENSALÕES? FAZIAM CORRUPÇÃO? DAVAM APOIO AO TERRORISMO CHAMADO "OS SEM TERRAS"? OS "SEM TERRAS" INVADIAM FAZENDAS, REPARTIÇÕES PÚBLICAS, PROPRIEDADES PARTICULARES E PRATICAVAM CRIMES E FAZIAM VANDALISMO?
POR ISSO QUE EU DIGO: O BRASIL TORNOU-SE UMA REPUBLIQUETA SEM-VERGONHA, GOVERNADA POR BANDIDOS , GUERRILHEIROS E CORRUPTOS.

Taí algo prá se pensar.

Lembro-me que meus pais que sempre foram trabalhadores, cumpridores das leis, éticos, honrados, honestos, respeitadores das pessoas, nunca tiveram problemas com "aquela ditadura".

Naquela época eu e meus amigos íamos ao cinema, à praça, frequentávamos lugares públicos com a maior naturalidade e nem nos preocupávamos com bandidos, e achaques por parte destes que hoje estão por aí aterrorizando a população (estão incluídos os governantes, os responsáveis pela nossa segurança, políticos, etc.). Tudo era natural, pois andávamos dentro das leis e dos bons costumes.
Os militares e todas as classes de policiais e autoridades, eram respeitados pela população como instituições que transmitiam lisura e honestidade mesmo agindo com determinação e rigor contra os "arruaceiros"
Será que éramos errados???

DITADURA MILITAR ???( Jornalista PAULO MARTINS - GAZETA DO PARANÁ)
Está aí uma ditadura pior do que aquela que hoje insistem em apelidar de "ditadura militar". Como nos dias de hoje, naquele período fui também um crítico. Não lembro de ter sido perseguido, como insistem em afirmar que era o hábito da época aqueles que, por falta de argumento para uma retórica razoável, apelam sem disfarces para o desvirtuado e corrosivo "ouvi dizer". Que ditadura era aquela que me permitia votar ? Que nunca me proibiu de tomar uma cervejinha num desses bares da vida após as vinte e três horas ? Ou num restaurante de beira de estrada ? Que ditadura era aquela que (eu não fumo) nunca proibiu quem quer que seja de fumar ? Que ditadura era aquela que nunca usou cartão corporativo para as primeiras damas colocarem até botox no rosto ou para outros roubarem milhões de reais do povo brasileiro ? Vi, sim, perseguições, porém contra elementos de alta periculosidade à época, como o eram os Zés Dirceus, Zé Genoino, Dilma Rousseof – a Estela – Marco Aurélio Garcia , Diógenes, o assassino do Capitão Schandler, como os que colocaram bombas em lugares públicos, como aquela no aeroporto de Guararapes, cujo resultado foi a morte de gente inocente, ações de subversivos que desejavam implantar no Brasil um regime comunista, e para tal seguiam planos de formar nas selvas o que hoje, na Colômbia, chamam de FARCs. Que ditadura era aquela que permitia que a oposição combatesse o governo, como ocorria com deputados como Ulisses Guimarães, apenas para se citar um nome? Que ditadura era aquela que jamais sequer pensou em proibir a população de usar armas para se defender, como hoje criminosamente pretendem ? Que ditadura era aquela que em nome da democracia, jamais admitiu invasão de propriedades e jamais sustentou bandidos com cestas básicas em acampamentos e jamais impediu a policia de agir, como a ditadura de hoje ? Que ditadura engraçada aquela que chegou a criar até partido de oposição! Curiosa essa democracia de agora, em comparação ao que chamam de "ditadura militar", "democracia que permite que ladrões do dinheiro público continuem ocupando cadeiras no parlamento e cargos no governo e tolera até mesmo um presidente alegar que "não sabia", para fugir de sua responsabilidade para com a causa pública. Que ditadura militar era aquela que jamais deu dinheiro de mão beijada para governantes comunistas, amigos de presidente, como ocorre com a ditadura de hoje e, contra a qual não nos permitem sequer contestação ? Que ditadura era aquela que jamais proibiu a revelação das fuças de bandidos em foto e TV como ocorre na "democracia" de hoje, numa gritante e vergonhosa proteção do meliante, agressor da sociedade ? Escuta telefônica, eis mais uma ação da "democracia" de hoje e proibida à época "daquela ditadura militar". Ah...é verdade...Aquela ditadura proibia casamento de homem com homem, sexo explícito na TV alcançando crianças, proibia a pouca vergonha e não dava folga para corruptos que eram cassados quando prevaricavam, sem permitir que a sociedade fosse punida com a permanência no palco da corrupção dos delinqüentes, que hoje fazem CPIs para tapearam a sociedade e se escalam às mesmas como raposas cuidando do galinheiro. Caetano Veloso está quieto em relação a essa ditadura que hoje aí está. Apostasia de "seu ideal"? À época lançou a música "É proibido proibir". Hoje se cala. O que ajudou a promover, junto com Chico Buarque, Gilberto Gil e outros, está no poder. Que pelo menos altere o nome da música para os dias de hoje para: "É permitido proibir". E que vá se catar.

UM SÉCULO DE HIPOCRISIA

O arquiteto Oscar Niemeyer completou um século de vida sob grande reverência da mídia. Ele foi tratado como "gênio" e um "orgulho nacional", respeitado no mundo todo. Não vem ao caso julgar suas obras em si, em primeiro lugar porque não sou arquiteto e não seria capaz de fazer uma análise técnica, e em segundo lugar porque isso é irrelevante para o que pretendo aqui tratar. Entendo perfeitamente que podemos separar as obras do seu autor, e julgá-los independentemente. Alguém pode detestar a pessoa em si, mas respeitar seu trabalho. O problema é que vejo justamente uma grande confusão no caso de Niemeyer e tantos outros "artistas e intelectuais". O que acaba sendo admirado, quando não idolatrado, é a própria pessoa. E, enquanto figura humana, não há nada admirável num sujeito que defendeu o comunismo a vida inteira. Niemeyer, sejamos bem francos, não passa de um hipócrita. Seus inúmeros trabalhos realizados para governos, principalmente o de JK, lhe renderam uma bela fortuna. O arquiteto mamou e muito nas tetas estatais, tornando-se um homem bem rico. No entanto, ele insiste em pregar, da boca para fora, o regime comunista, a "igualdade" material entre todos. Não consta nas minhas informações que ele tenha doado sua fortuna para os pobres. Enquanto isso, o capitalista "egoísta" Bill Gates já doou vários bilhões à caridade. Além disso, a "igualdade" pregada por Niemeyer é aquela existente em Cuba, cuja ditadura cruel o arquiteto até hoje defende. Gostaria de entender como alguém que defende Fidel Castro, o maior genocida da América Latina, pode ser uma figura respeitável enquanto ser humano. São coisas completamente contraditórias e impossíveis de se conciliar. Mostre-me alguém que admira Fidel Castro e eu lhe garanto se tratar ou de um perfeito idiota ou de um grande safado. E vamos combinar que a ignorância é cada vez menos possível como desculpa para defender algo tão nefasto como o regime cubano, restando apenas a opção da falta de caráter mesmo. Ainda mais no caso de Niemeyer. Na prática, Niemeyer é um capitalista, não um comunista. Mas um capitalista da pior espécie: o que usa a retórica socialista para enganar os otários. Sua festa do centenário ocorreu em São Conrado, bairro de luxo no Rio, para 400 convidados. Bem ao lado, vivem os milhares de favelados da Rocinha. Artistas de esquerda são assim mesmo: adoram os pobres, de preferência bem longe. Outro aclamado artista socialista é Chico Buarque, mais um que admira Cuba bem de longe, de sua mansão. E cobra caro em seus shows, mantendo os pobres bem afastados de seus eventos. A definição de socialista feita por Roberto Campos nos remete diretamente a estes artistas: "No meu dicionário, 'socialista' é o cara que alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros". Aquelas pessoas que realmente são admiráveis, como tantos empresários que criam riqueza através de inovações que beneficiam as massas, acabam vítima da inveja esquerdista. O sujeito que ficou rico porque montou um negócio, gerou empregos e criou valor para o mercado, reconhecido através de trocas voluntárias, é tachado de "egoísta", "insensível" ou mesmo "explorador" por aqueles mordidos pela mosca marxista. Mas quando o ricaço é algum hipócrita que prega aos quatro ventos as "maravilhas" do socialismo, vivendo no maior luxo que apenas o capitalismo pode propiciar, então ele é ovacionado por uma legião de perfeitos idiotas, de preferência se boa parte de sua fortuna for fruto de relações simbióticas com o governo. Em resumo, os esquerdistas costumam invejar aquele que deveria ser admirado, e admirar aquele que deveria ser execrado. É muita inversão de valores! Recentemente, mais três cubanos fugiram da ilha-presídio de Fidel Castro. Eles eram artistas, como o cantor Chico Buarque, por exemplo. Aproveitaram a oportunidade e abandonaram o "paraíso" comunista, que faz até o Brasil parecer um lugar decente. Eu gostaria de aproveitar a ocasião para fazer uma proposta: trocar esses três "fugitivos" que buscam a liberdade por Oscar Niemeyer, Chico Buarque e Luiz Fernando Verissimo, três adorados artistas brasileiros, defensores do modelo cubano. Claro que não seria uma troca compulsória, pois estas coisas autoritárias eu deixo com os comunistas, que abominam a liberdade individual. A proposta é uma sugestão, na verdade. Acho que esses três comunistas mostrariam ao mundo que colocam suas ações onde estão suas palavras, provando que realmente admiram Cuba. Verissimo recentemente chegou a escrever um artigo defendendo Zapata e Che Guevara. Não seria maravilhoso ele demonstrar a todos como de fato adora o resultado dos ideais dessas pitorescas figuras? Enfim, Niemeyer completa cem anos de vida. Um centenário defendendo atrocidades, com incrível incapacidade de mudar as crenças diante dos fatos. O que alguém como Niemeyer tem para ser admirado, enquanto pessoa? Os "heróis" dos brasileiros me dão calafrios! Eu só lamento, nessas horas, não acreditar em inferno. Creio que nada seria mais justo para um Niemeyer quando batesse as botas do que ter de viver eternamente num lugar como Cuba, a visão perfeita de um inferno, muito mais que a de Dante. E claro, sem ser amigo do diabo, pois uma coisa é viver em Cuba fazendo parte da nomenklatura de Fidel, com direito a casas luxuosas e Mercedes na garagem, e outra completamente diferente é ser um pobre coitado qualquer lá. Acredito que esse seria um castigo merecido para este defensor de Cuba, que completa um século de hipocrisia sendo idolatrado pelos idiotas.

"É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: que admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar - bons cachês em moeda forte; ausência de censura e consumismo burguês. Trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola..." (Roberto Campos)
Por: Rodrigo Constantino

sexta-feira, novembro 07, 2008

ABERTOS OS DOCUMENTOS SECRETOS

Com a abertura dos documentos dos Governos Militares, inclusive e principalmente os do Ministério das Relações Exteriores e com a isonomia conseqüente, teríamos mandados de prisão também a tais criminosos.
Vejamos alguns casos:
  • ESTADOS UNIDOS: pelo assassinato, a sangue frio, do capitão Charles Rodney Chandler, na frente de sua mulher e de três filhos menores, quando saía de casa para ir à faculdade, em São Paulo. Mandados de prisão seriam emitidos para: .Julgamento e condenação à morte: Onofre Pinto - falecido João Quartin de Moraes Ladilas Dowbor .Levantamento: Dulce Souza Maia .Execução: Pedro Lobo de Oliveira, Diógenes José Carvalho de Oliveira ( Diógenes do PT ), Marco Antonio Braz de Carvalho - morto.
    Além desses, a justiça americana teria um grupo grande para pedir a prisão : Somente no seqüestro do embaixador americano ( crime não prescrito, porque considerado hediondo), seriam: .Franklin de Souza Martins Cid Queiroz Benjamin Fernando Paulo Nagle Gabeira Cláudio Torres da Silva Sérgio Rubens de Araújo Torres Antônio de Freitas Silva Joaquim Câmara Ferreira - morto Virgílio Gomes da Silva - morto Manoel Cyrillo de Oliveira Netto Paulo de Tarso Venceslau Helena Bocayuva Khair Vera Silvia Araújo de Magalhães João Lopes Salgado José Sebastião Rios de Moura. .Imaginem, teríamos mandados de prisão de brasileiros vindos de várias partes do mundo:
  • Inglaterra: pelo assassinato de David A. Cuthberg, marinheiro inglês, de 19 anos ,que visitava o Brasil com sua fragata, e que foi assassinado apenas porque estava fardado e a farda "representava o imperialismo inglês". .Autores do "justiçamento" Flávio Augusto Neves Leão Salles, ALN; Antônio Carlos Nogueira Cabral , ALN -morto Aurora Maria do Nascimento Furtado,ALN -morto Adair Gonçalves Reis , ALN - Lígia Salgado da Nóbrega, VAR-Palmares -morta Hélcio da Silva, VAR- Pal Carlos Alberto Salles VAR-Palmares; James Allen Luz, da VAR-Palmares; morto Getúlio de Oliveira Cabral , do PCBR; - morto
    Dinamarca
    : pelo assassinato, em uma emboscada, de Henning Albert Boilesen; .Levantamento : .Devanir José de Carvalho, - morto (1) .Dimas Antônio Casemiro, - morto (2) .Gilberto Faria Lima .José Dan de Carvalho, .Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz, .Gregório Mendonça, .Laerte Dorneles Méliga .Participaram da execução de Boilesen: .Joaquim Alencar Seixas - morto .Dimas Antônio Casemiro -morto (2) .Yuri Xavier Pereira - morto .Antônio Sergio de Matos - morto .José Milton Barbosa - morto (3) .Gilberto Faria Lima .Alemanha : pelo assassinato do major alemão Edward Ernest Tito Otto Maximilian von Westernhagen; .João Lucas Alves, - morto .Severino Viana Collon - morto .e mais um terceiro militante, até hoje não identificado.
  • Alemanha: pelo seqüestro do embaixador Ehrenfried von Hollenben: José Roberto Gonçalves Resende Eduardo Leite - morto (4) Herbert Eustáquio de Carvalho Roberto Chagas da Silva José Maurício Gradel Sônia Eliane Lafoz José Milton Barbosa - morto (3) Jesus Parede Soto Alex Polari de Alverga .Maurício Guilherme da Silveira -morto .Gerson Theodoro de Oliveira - Morto Alfredo Hélio Syrkis Tereza Ângelo Manoel Henrique Ferreira .
  • Japão: pelo seqüestro do Cônsul Nobuo Okuchi Ladislas Dowbor: coordenador da ação Liszt Benjamin Vieira Marco Antônio Lima Dourado Mário de Freitas Gonçalves Joelson Crispim; - morto Osvaldo Soares José Raimundo da Costa - morto Denise Peres Crispim Eduardo Leite - morto Fernando Kolleritz Devanir José de Carvalho - morto (1) Plínio Petersen Pereira José Rodrigues Ângelo Júnior. .Suiça: pelo seqüestro do embaixador Giovanni Enrico Bucher Carlos Lamarca - comandante; - morto Alex Polari de Alverga Inês Etienne Romeu Gerson Theodoro de Oliveira - morto Herbert Eustáquio de Carvalho Adair Gonçalves Reis Maurício Guilherme da Silveira - morto José Roberto Gonçalves de Rezende Alfredo Hélio Syrkis Tereza Ângelo
  • Suiça: pelo seqüestro do embaixador Giovanni Enrico Bucher: Carlos Lamarca - comandante; - morto Alex Polari de Alverga Inês Etienne Romeu Gerson Theodoro de Oliveira - morto Herbert Eustáquio de Carvalho Adair Gonçalves Reis Maurício Guilherme da Silveira - morto José Roberto Gonçalves de Rezende Alfredo Hélio Syrkis Tereza Ângelo

quinta-feira, outubro 09, 2008

Perguntem ao Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu baixar o tom das bravatas e admitir que a crise financeira internacional pode afetar a economia brasileira. Durante semanas, ele se recusou a falar seriamente sobre o assunto. “Pergunte ao Bush” era sua resposta-padrão quando repórteres tentavam incluir o tema numa entrevista. O governo brasileiro parece ter descoberto, afinal, que a turbulência é problema também para o Brasil, embora tenha sido causada pela especulação imobiliária americana. Reconhecido o fato, ministros e altos funcionários federais prometeram medidas para atenuar a escassez de crédito e garantir financiamento à agricultura, à exportação e aos programas apoiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O reconhecimento do problema é um dado positivo, mas falta explicar de onde sairá o dinheiro para reforçar o crédito e quais serão as prioridades oficiais. Para facilitar os empréstimos ao campo, indispensáveis, neste momento, para o plantio da safra de verão, o Banco Central (BC) pode liberar parte dos depósitos compulsórios mantidos pelo setor financeiro. É, aparentemente, a solução mais simples e mais compatível com a política monetária em vigor.
Mas a concessão de novos empréstimos tem sido emperrada, em muitos casos, pela renegociação das dívidas de agricultores. Sem a intermediação do ministro da Agricultura e das autoridades monetárias, o impasse poderá prolongar-se. O governo precisa avaliar esse quadro e resolver se vale a pena intervir e até que ponto.
A escassez de crédito para o plantio é especialmente grave porque os agricultores dispõem de um prazo muito breve para comprar insumos, preparar o solo e semear as lavouras planejadas. Não se pode negociar com a natureza. Passada a fase mais adequada para plantar, a atividade se torna altamente arriscada. Neste momento, falta dinheiro até para produtores de peso. Há informações de que bancos internacionais têm cancelado empréstimos já aprovados para grandes plantadores e exportadores. Estes serão forçados a disputar recursos fornecidos por outras fontes, como os bancos oficiais.
O financiamento à exportação também tem secado rapidamente. Entre 15 e 26 de setembro, a média diária dos Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACCs) ficou em US$ 164,9 milhões, segundo informação divulgada ontem pelo BC. Esse valor é 51,77% menor que a média verificada entre os dias 1º e 12 do mesmo mês. No pior dia de setembro, 22, os contratos fechados totalizaram apenas US$ 117 milhões.
Novas medidas para socorrer os exportadores serão apresentadas ao presidente Lula até o fim da próxima semana, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. Ele não revelou as medidas em estudo, limitando-se a dizer que será necessário usar criatividade. Poderia ter acrescentado: além de criatividade, será necessária muita prudência, para não se aumentar perigosamente a dívida pública e não se comprometer ainda mais a solidez fiscal. Com menor expansão econômica, a arrecadação crescerá provavelmente menos que nos últimos anos e será mais difícil continuar reduzindo a proporção da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
O financiamento à exportação e o crédito para plantio são em grande parte problemas superpostos. Mais uma boa safra no próximo ano será importante não só para garantir um abastecimento tranqüilo do mercado interno, mas também para sustentar a receita do comércio exterior. Uma safra ruim tornará mais difícil o controle da inflação e ao mesmo tempo enfraquecerá as contas externas. O apoio às exportações industriais também será extraordinariamente importante, porque se esperam condições bem menos favoráveis no mercado internacional.
O presidente Lula tem recomendado que não falte dinheiro para os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De fato, não têm faltado recursos. Os projetos não avançam por deficiências administrativas, não financeiras. Diante da atual crise, o presidente deveria preocupar-se prioritariamente com o financiamento às atividades do agronegócio e da exportação. Serão muito mais importantes para a travessia de uma fase difícil do que quaisquer esforços para desemperrar o PAC. É uma simples questão de realismo.

Você se lembra do Alexis Stepanenko?

Foi Ministro das Minas e Energia do Presidente Itamar Franco.
Veja a carta abaixo:

Caro Itamar Franco,
Tenho que tirar o chapéu para a capacidade do Presidente Lula em criar novidades sobre as coisas antigas.
Quando eu era o Ministro de Minas e Energia em seu Governo, a Petrobras já sabia da existência destas reservas que iam de Santos a Santa Catarina. O problema é que estão a mais de 2500m de profundidade e, hoje, foi comprovado que se encontram a mais de 3200m.
Qual era o problema?
Em 1993, não havia (nem hoje há), tecnologia para se chegar a essa profundidade. Apenas no ano passado conseguimos chegar a 2000m, a uma pressão dágua bárbara.
Comentei contigo que tínhamos reservas, mas não tecnologia para chegar lá, mas o CE MP ES estava trabalhando para conseguir perfurar a essa profundidade.
Segundo os geólogos da Petrobras, nas priscas eras, os continentes da América do Sul e da África se separaram.
Nesta separação a costa ocidental da África (Nigéria, Angola, Guiné etc.) ficou com o petróleo mais perto da superfície e nós em águas profundas. Contudo, um dia chegaríamos a retirar petróleo destas nossas águas e o País seria independente.
Pois bem, ontem a Dilma anunciou essa 'grande descoberta', prevista para produzir petróleo daqui a 8 anos!
Essa profundidade, que nunca foi alcançada por ninguém, apresenta enormes desafios de engenharia para resolver a pressão dágua, a resistência de materiais, sondas adequadas etc. A engenharia da Petrobras tem trabalhado nestes problemas, mas não encontrou ainda todas as soluções. Contudo acho que estão prevendo que em 2015 terão desenvolvido e dominado a tecnologia para essa profundidade. Hoje, a Petrobrás não tem.
Estima-se que este petróleo deve ter um API de menos de 30°, talvez 25°. O que é isso? Petróleo muito pesado, parecido com o da Venezuela, mais custoso de refinar, pois rende 20% de combustíveis de cada barril extraído.
O custo médio atual no Brasil, desse petróleo, para a Petrobras deve estar por volta de US$12 a 13,00. O petróleo leve, como o encontrado no Oriente Médio, rende 50% de combustíveis e custa talvez US$1 a 2,00 o barril.
Onde se vê como é um negócio de grandes lucros movido por uma especulação desenfreada na economia globalizada.
Claro que ao preço do barril de petróleo a US$93 a 96,00 vale a pena extrair óleo até das areias de xisto como fazem agora os canadenses. A mídia e o povo com essa 'descoberta' estão euforicamente enganados.
Nem se fala mais no problema do gás
. O Sauer, que era o Diretor de Gás da Petrobras, nunca gostou de gás por ser um especialista em hidroelétricas...
Em nossa época, tivemos o pudor de não anunciar algo que era impossível de extrair, da mesma forma que nunca falamos dos 2.000 pontos de ouro na superfície que poderiam ser encontrados na Amazônia etc. e tal. Questão de pudor e de seguir a sua orientação de não chutar a torto e a direita para não criar falsas esperanças e especulações nas bolsas de valores.
Não creio que os técnicos da Petrobras quisessem divulgar a 'descoberta'.
Devem ter sido pressionados para dar uma noticia que acabasse com a 'crise do gás'.
E assim vamos, no vai da valsa...

Abraços,

Alexis Stepanenko

Observação: O cara deve estar enganado quanto ao tipo de petróleo, porque o que foi encontrado é o tipo LEVE, do contrário provàvelmente não seria viável economicamente, por razões que êle mesmo explicou.
Sôbre criar coisas novas para antigas, ah êle só faz isso, afinal nunca ninguém nesse país...criou tanto!!!

sexta-feira, abril 11, 2008

A mentira veste vermelho.
















O dossiê com gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está há mais de quinze dias sem pai nem mãe. Revelado por VEJA há duas semanas, o dossiê é uma compilação de despesas do ex-presidente, da ex-primeira-dama Ruth Cardoso e de alguns de seus principais ministros entre 1998 e 2002. O papelório foi produzido na Casa Civil da Presidência da República e usado para intimidar parlamentares que pretendiam investigar despesas do presidente Lula e de sua família na CPI dos Cartões. Desde que VEJA comprovou a existência do dossiê, o governo já apresentou inúmeras versões para o mesmo fato. Na semana passada, surgiu mais uma.
O governo levantou a suspeita de que o dossiê teria sido produzido por um funcionário infiltrado pela oposição. O presidente Lula chegou a afirmar que as informações sigilosas foram "roubadas" e que a ministra Dilma Rousseff, a chefe da Casa Civil, é vítima de "chantagem política". Lula não disse quem roubou os dados nem explicou por que a ministra estaria sendo chantageada. Por que o hostil "ladrão" roubaria dados da era FHC e não da era Lula é apenas mais um dos enigmas que as explicações oficiais acabam criando em torno do caso. O maior dos enigmas continua de pé desde o primeiro dia: por que motivo todo o esforço oficial está em tentar encobrir a identidade de quem, dentro do Palácio do Planalto, mandou produzir o dossiê? Fatos são coisas teimosas. Eles não somem por decreto.


Na semana passada, a Folha de S.Paulo publicou fotografias de telas de computadores instalados na Casa Civil da Presidência da República. As imagens foram usadas pelo jornal para sustentar que o dossiê não foi roubado por nenhum agente secreto. Ele existe nos discos rígidos dos computadores da Casa Civil da forma como veio a público e como VEJA divulgou há duas semanas. Em vez de armazenar dados universais, como seria o caso de um banco de dados administrativo, o dossiê concentra-se em gastos com miudezas, como produtos de higiene pessoal, e despesas com bebidas alcoólicas, comidas raras, restaurantes caros e hotéis de luxo, entre outros itens potencialmente desconcertantes quando pagos com dinheiro público. As fotografias mostram que o dossiê começou a ser produzido na Casa Civil no dia 11 de fevereiro passado, conforme relatado por VEJA em sua última edição, e revelam o horário exato em que o arquivo digital foi criado – 15h28. No total, o arquivo tem 532 lançamentos distribuídos em 27 páginas. Há pastas específicas nas quais estão armazenados gastos da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, de três ex-ministros do governo tucano e até da ex-chef da cozinha do Palácio da Alvorada, Roberta Sudbrack.
Até a semana passada, as versões oficiais protegiam a secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a principal suspeita de ter comandado a operação que vasculhou as despesas sigilosas de Fernando Henrique, seus ministros e familiares. A ministra admitiu que Erenice coordenava a produção de um banco de dados sobre gastos dos governos atual e passado, mas negou que sua principal assessora tenha produzido o dossiê. As novas evidências de que o dossiê foi produzido e armazenado dentro da Casa Civil, em um sistema fora da malha de dados oficial, complicaram ainda mais o caso. Na sexta-feira passada, a ministra Dilma Rousseff convocou uma entrevista coletiva para passar a limpo a questão. Sempre assertiva e clara em suas explicações sobre as ações do governo, a ministra esteve irreconhecível na entrevista. Dilma disse que "as pastas de computador" – ela não aceita a expressão dossiê para designar a compilação de dados – publicadas na imprensa podem ser "falsas ou verdadeiras", como se houvesse um terceiro estado para esse tipo de coisa. "Não descartamos nenhuma hipótese", afirmou ela. Sobre o responsável pelo dossiê, admitiu que pode ser obra de algum "agente secreto com crachá", mas não forneceu detalhes sobre essa suspeita.
A verdade é que o governo, até agora, se esforçou apenas para descobrir a identidade de quem repassou as informações do dossiê à imprensa, e capitula na hora de tentar apontar quem o produziu. Ainda sob o pretexto de encontrar o "vazador", seria natural que a Polícia Federal fosse chamada para investigar o caso. Peritos criminais poderiam acessar os computadores do Palácio do Planalto e colher pistas sobre o autor do dossiê – ou "vazador" como prefere o Planalto. Em vez de acionar a PF, a Casa Civil optou por manter a investigação sob seu controle, instaurando apenas uma sindicância. Um dos servidores que acompanharam de perto a produção do dossiê, ouvido por VEJA, diz que os funcionários envolvidos, oito no total, ameaçam detalhar a cadeia de comando da produção do dossiê caso alguém, que apenas cumpriu ordens, seja responsabilizado pelo escândalo. Pode estar aí a explicação para a cortina de fumaça que se tenta criar.

Zombando de nós, por André Petry

O gangsterismo político de montar um dossiê com os gastos do ex-presidente Fernando Henrique e sua mulher só foi possível porque existe a lei do sigilo das despesas presidenciais. E por que os gastos da família presidencial precisam ser secretos? Por razões de segurança, diz o governo. Além do decreto do sigilo, de 1967, o atual governo, em 2003, editou uma norma reforçando que tais gastos são sigilosos – por razões de segurança. De 2003 para cá, Lula e família gastaram 11,6 milhões de reais e, por razões de segurança, o país não sabe com quê.Se divulgar tais despesas comprometesse a segurança, a rainha da Inglaterra já teria ido pelos ares numa carruagem-bomba. Em 2002, ano em que Lula venceu a primeira eleição presidencial, a rainha da Inglaterra divulgou seus gastos pela primeira vez. Disse que passaria a fazê-lo todos os anos como prova de seu comprometimento com a transparência no trato do dinheiro público. Como se sabe, a rainha da Inglaterra não é eleita, nem precisa de votos. Mas precisa de respeito.Naquele primeiro ano, sua prestação de contas ocupava mais de 160 páginas. Trazia minúcias. Informava que o gasto com vinho e outras bebidas caíra de 135.000 libras para 97.000. Deliciosamente, explicava que a queda não se devia à redução no consumo, mas à baixa qualidade da safra, o que levou a rainha a reduzir o tamanho da adega. Em festas no jardim, a rainha gastou 442.000 libras. Em aluguel de tendas para as festas, 5.000 libras menos que no ano anterior, porque trocou as tendas coloridas pelas de uma cor só, que são mais baratas. Com lavanderia, a família real gastou 61 000 libras. Energia elétrica, 323 000 libras. Telefone, 690 000. Veterinário para os cavalos, 19 000. Aluguel de helicóptero para uma viagem do duque de Kent, 5 278 libras – e mais a explicação de por que o duque foi de helicóptero e não de carro ou trem, que é mais barato.De 2002 para cá, a divulgação dos gastos da realeza britânica tem sido sempre assim: anual, pública e detalhada. Só não contempla tudo porque exclui – adivinha o quê? – os gastos com segurança. Não se informa nem o montante geral, para não dar pista aos terroristas sobre a dimensão do aparato que protege a família real. O resto todo, os ingleses ficam sabendo. Alguns contestam. Os republicanos dizem que o gasto de 2007, de 37,3 milhões de libras, é "fantasia". Alegam que, na verdade, a despesa é quatro vezes maior. Pode ser. Mas nem monarquistas nem republicanos dizem que divulgar gasto com helicóptero ou vinho ameaça a segurança.Pode-se alegar que o atual modelo de sustento da família real na Inglaterra foi estabelecido em 1760, no reinado de George III, e que se passaram 250 anos para que se desse publicidade aos gastos. Mas, se uma velha monarquia é capaz de sintonizar-se com os novos tempos, é razoável que um governo republicano de uma democracia jovem também o seja. A menos que esteja promovendo uma folia com o dinheiro público – ou não queira abrir mão do gangsterismo político. O resultado é que zombam de nós. Os brasileiros conhecem o gasto da rainha da Inglaterra com vinho, mas o governo nos diz que não podemos conhecer o gasto de Lula com champanhe – só o de FHC, claro.

Zombando de nós, por André Petry

O gangsterismo político de montar um dossiê com os gastos do ex-presidente Fernando Henrique e sua mulher só foi possível porque existe a lei do sigilo das despesas presidenciais. E por que os gastos da família presidencial precisam ser secretos? Por razões de segurança, diz o governo. Além do decreto do sigilo, de 1967, o atual governo, em 2003, editou uma norma reforçando que tais gastos são sigilosos – por razões de segurança. De 2003 para cá, Lula e família gastaram 11,6 milhões de reais e, por razões de segurança, o país não sabe com quê.Se divulgar tais despesas comprometesse a segurança, a rainha da Inglaterra já teria ido pelos ares numa carruagem-bomba. Em 2002, ano em que Lula venceu a primeira eleição presidencial, a rainha da Inglaterra divulgou seus gastos pela primeira vez. Disse que passaria a fazê-lo todos os anos como prova de seu comprometimento com a transparência no trato do dinheiro público. Como se sabe, a rainha da Inglaterra não é eleita, nem precisa de votos. Mas precisa de respeito.Naquele primeiro ano, sua prestação de contas ocupava mais de 160 páginas. Trazia minúcias. Informava que o gasto com vinho e outras bebidas caíra de 135.000 libras para 97.000. Deliciosamente, explicava que a queda não se devia à redução no consumo, mas à baixa qualidade da safra, o que levou a rainha a reduzir o tamanho da adega. Em festas no jardim, a rainha gastou 442.000 libras. Em aluguel de tendas para as festas, 5.000 libras menos que no ano anterior, porque trocou as tendas coloridas pelas de uma cor só, que são mais baratas. Com lavanderia, a família real gastou 61 000 libras. Energia elétrica, 323 000 libras. Telefone, 690 000. Veterinário para os cavalos, 19 000. Aluguel de helicóptero para uma viagem do duque de Kent, 5 278 libras – e mais a explicação de por que o duque foi de helicóptero e não de carro ou trem, que é mais barato.De 2002 para cá, a divulgação dos gastos da realeza britânica tem sido sempre assim: anual, pública e detalhada. Só não contempla tudo porque exclui – adivinha o quê? – os gastos com segurança. Não se informa nem o montante geral, para não dar pista aos terroristas sobre a dimensão do aparato que protege a família real. O resto todo, os ingleses ficam sabendo. Alguns contestam. Os republicanos dizem que o gasto de 2007, de 37,3 milhões de libras, é "fantasia". Alegam que, na verdade, a despesa é quatro vezes maior. Pode ser. Mas nem monarquistas nem republicanos dizem que divulgar gasto com helicóptero ou vinho ameaça a segurança.Pode-se alegar que o atual modelo de sustento da família real na Inglaterra foi estabelecido em 1760, no reinado de George III, e que se passaram 250 anos para que se desse publicidade aos gastos. Mas, se uma velha monarquia é capaz de sintonizar-se com os novos tempos, é razoável que um governo republicano de uma democracia jovem também o seja. A menos que esteja promovendo uma folia com o dinheiro público – ou não queira abrir mão do gangsterismo político. O resultado é que zombam de nós. Os brasileiros conhecem o gasto da rainha da Inglaterra com vinho, mas o governo nos diz que não podemos conhecer o gasto de Lula com champanhe – só o de FHC, claro.